Eu quis tanto ser feliz.
Tanto.
Chegava a ser arrogante.
O trator da felicidade.
Atropelei o mundo e eu mesma.
Tanta coisa dentro do peito.
Tanta vida.
Tanta coisa que só afugenta a tudo e a todos.
Ninguém dá conta do saco sem fundo de quem devora o mundo e ainda assim não basta.
Ninguém dá conta e quer saber Nem eu.
Chega.
Não quero mais ser feliz.
Nem triste.
Nem nada.
Eu quis muito mandar na vida.
Agora, nem chego a ser mandada por ela.
Eu simplesmente me recuso a repassar a história, seja ela qual for, pela milésima vez.
Deixa a vida ser como é.
Desde que eu continue dormindo.
Ser invisível, meu grande pavor, ganhou finalmente uma grande desimportância.
Quase um alivio.
I don’t care.