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Tamy Henrique Reis Gomes

Eu vivo minha vida de uma forma bem tranquila, um dia de cada vez e nada mais, até mesmo porque, não saberemos quando não haverá algo mais.
Eu ainda insisto em acreditar no ser humano, apesar de tanta maldade e infantilidade.
Existem pessoas que se julgam felizes demais ao ponto de que ficarem totalmente cegas.
Acredito que entrem em pânico, achando que todo o mundo conspira contra sua felicidade.
Chegam ao absurdo inclusive de terem medo do passado alheio.
Transformam ex em bicho papão ou coisa do tipo, alguém que estaria a espreita pronta para dar o bote e tomar o "seu lugar".
Nem sei como dizer, pois a falta de maturidade, talvez não conseguirá fazer com que a pessoa entenda, que ninguém é de ninguém, assim como ninguém é insubstituível.
Não existem na vida lugares para se tomarem, ao não ser na política, onde só podem existir um presidente, etc
O mundo é suficientemente grande e há espaço e lugar para todos.
O fato de hoje estarmos com alguém não significa de forma alguma que somos melhores ou piores do que quem antes lá esteve.
Não existem pessoas 0 km, que iremos ser únicos em sua vida e nunca teremos que nos atormentar com seu passado.
Acho tão triste que ainda existam pessoas disputando "lugares" no coração alheio.
Coração é terra desconhecida até para nós mesmos, que dirá para os outros.
Viva sua vida, seja você mesmo, ofereça o que tem de melhor, porque talvez, sem querer, você esteja mostrando só o pior, aquele lado que todos nós temos e insistimos em esconder.
Se você quiser saber se alguém gosta realmente de você, deixe o livre, não imponha condições para que os outros tenham que demonstrar amor.
Insegurança é normal, mas quando ela toma proporções de acusações infundadas e injustas, já é o caso de se avaliar.
O que passa na sua cabeça é realmente o que está acontecendo
As pessoas que estão lhe apoiando nessa paranóia, são realmente amigas
Amigos não incentivam briga, disputa, coisas mesquinhas
Avalie bem o que faz, pois colhemos aquilo que plantamos, pode ter certeza, às vezes a colheita demora e não nos deixa ver lá na frente o que realmente nos espera.
Eu, vivi todos os meus amores, da forma mais intensa possível, dei o melhor e o pior de mim, pois é tudo o que tenho para dar.
Se acabaram não é porque eu sou uma pessoa ruim ou que não soube dar valor, simplesmente porque assim como começam também acabam.
O pra sempre, sempre acaba.
Procure valorizar quem está do seu lado, mas não levantando bandeiras e gritando, chegando ao ponto de se fazer de vítima e apontar o dedo para os outros, aqueles que acredita estarem conspirando contra sua pessoa.
Pois esse tipo de valor, não é amor, bom pelo menos não amor que se dá, mas outro tipo de amor.
Chama se egoísmo, querer ser melhor que os outros somente porque hoje está com alguém que já não está mais com outra pessoa.
Amor próprio em excesso destrói não só o seu relacionamento, como também a possibilidade de conhecer pessoas maravilhosas que poderiam também se tornarem suas amigas, se você deixasse, pois impor que o outro, escolha, não é amor.
A gente recebe aquilo que dá cuidado com a mensagem que está mandando para o Universo.
Ninguém é melhor ou pior do que ninguém.
Somos todos diferentes, cada um é único.
Achar que se você estiver em um lugar, (lugar este que não lhe compete decidir quem entra ou quem sai), não haverá espaço ou lugar para que outra pessoa lá esteja, é um recado bem forte.
A princípio você pode gostar do que vê, achar se vitoriosa, achar que agindo assim, estará pedindo respeito e que se te obedecem é porque te amam ou respeitam.
Tudo passa, aproveite em quanto é tempo para refletir sobre seus atos e mudar enquanto é tempo.
Pois tudo passa!

Carta para um amigo 06 meses antes de seu desencarne
Amigo,
Foi um enorme prazer para mim ter tido a oportunidade de lhe conhecer e ter durante esse período trocando conhecimentos.
Agradeço imensamente por tudo que me fez, a oportunidade quando precisei, as palavras amigas e o exemplo de vida.
Admirei imensamente sua serenidade e amadurecimento, principalmente quando me dizia o que mais importava para você era ter qualidade de vida e tempo para o que era importante.
A vida é uma inconstante, um dia tudo vai bem, no outro nem tanto, o que diferencia as pessoas é estarem preparadas, espiritualmente para suportarem as marés ruins, posto que muitas pessoas morrem apenas do diagnóstico e não da doença em si.
Lembra quando falavamos do Livro Nosso Lar Tomei a liberdade de lhe enviar em anexo uma parte do capítulo 4, onde o médico explica para o André Luiz porque sua morte foi considerada suicídio e ao final uma explicação de como nós espíritas vemos esse tipo de morte.
Bom Amigo não se assuste, apenas estou lhe passando uma mensagem, gostaria inclusive de te falar pessoalmente, mas como vc disse melhor nos falarmos por e mail:
Pior do que sofrer ou morrer com uma determinada doença é sofrer e morrer com o simples diagnóstico.
Deus não quer que nenhum de seus filhos sofra, simplesmente que progridam.
E muitas vezes a forma de ver o preparo de seus filhos é dando fardos maiores do que tinham por hábito carregar, a melhor resposta que Deus espera de nós é a resignação e que seja feita a vontade dele e não a nossa, pois este fato demonstra nossa humildade e principalmente despreendimento.
Sei que vc não é espirita, mas tomei a liberdade de lhe falar, pois como conversavamos, vc demonstrou ter interesse e não ter preconceito sobre o assunto.
Pelo que vc me falava, vc ao longo dos anos mudou muito o seu foco e maneira de viver, passando a priorizar os pequenos prazeres da vida, diferentemente de seus antigos colegas de trabalho, que como vc me disse continuam se matando de trabalhar e te criticando pelo tipo de vida que vem levado.
Bom uma coisa é certa, então, apesar de eu não lhe conhecer antes, vc mudou ou disse que mudou.
Deus quando vê nosso progresso ou tentativa de progresso fica feliz e antes de tudo, manda nos provas de que possamos mostrar através de nossa fé e resignaçao que realmente mudamos internamente e não apenas aparentamos mudar.
Quando rezamos pedindo paciência, Deus nós dá conflitos, para que nos atráves do nosso burilamento, consigamos a tão pedida paciência.
Tem um livro do Divaldo Franco chamado Eu me amo não tenho vício, que na verdade é uma palestra que ele deu nos Estados Unidos, muito interessante.
Ele narra diversos pontos da vida dele, dentre eles um episódio em que o médico havia lhe dado apenas 06 meses de vida, por um problema se não me engano no coração, ele na hora mesma que recebeu o diagnóstico, disse ao médico, nós todos iremos morrer.
Eu não estou com os dias contados, pois enquanto o senhor me disse o que tenho, eu já estou aqui a conversar com minhas artérias, eu não tenho nada contra elas, eu não fiz nada de mal para elas, eu as amo muito e estou pedindo que elas se curem sozinhas.
O médico riu e disse infelizmente os exames são precisos e não há nada que pode ser feito.
Resumindo anos depois o médico faleceu e o Divaldo foi ao enterro e fez o discurso e é claro está vivo até hoje.
Como ele disse, quando ficamos enfermos, com a mais grave das enfermidades, com os piores diagnósticos médicos, não podemos esquecer do maior médico do mundo, que para ele tudo é possível, basta agirmos conforme ele prescreve: aceita meu filho com humildade e resignação os fardos que te coloco aos ombros, porque sei que vc é mais forte do que parece e consiguirá carregá los.
Amigo espero ter lhe feito refletir um pouco, e me perdoe se de alguma forma eu lhe magoei ou ofendi, não foi minha intenção.
Queria e quero unicamente ajudar.
Inclusive foi por isso que esperei alguns dias, desde seu e mail para lhe falar, pois sei que não está sendo fácil.
Mas tenha fé e confie em Deus.
Não se entregue de forma alguma, a vitória depende somente de vc.
Um dia todos nós iremos morrer isso é certo, a forma, quando, como e onde somos nós que determinamos.
Abraços Fraternos,
E claro precisando de qualquer coisa, até mesmo alguém para lhe ouvir ou simplesmente compartilhar o silêncio pode contar comigo, vc assim como eu, apesar de ter família, mora sozinho e muitas vezes nos privamos de ter companhia para não incomodar as pessoas.