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Rosane Rocha de Freitas

Eu gosto de falar e pensar sobre “quem sou”.
Nasci sob o signo da insatisfação inexplicável, num mundo prestes a explodir por nada; revolta, emoções aprisionadas, sinergia, coragem, silêncio, música, indignação, essa poesia em ruídos.
Minha geração estava condenada a triste perspectiva experimental, provamos de tudo e nada nos alimentava a alma, nada parecia vivo e sólido o suficiente para nos equilibrar, energias leves e pesadas, luzes multicoloridas, magnetismo, formas fluídicas, experimentação, vários mundos dividiam o mesmo espaço e todos esses mundos estavam em guerra.
A geração anterior clamava por paz, nós andamos aos cantos buscando algo que, escondido, revelasse quem somos.
Por isso, talvez, seja tão difícil entender quem são nossos filhos, não são os filhos da insatisfação, nasceram livres da nossa dor, nós livramos o mundo clamando por liberdade; nossos filhos andam mais rápido, ou mais devagar, tanto faz; apenas percebo que não foi o nosso mundo que os recebeu, porque nossa missão não era a de construir um mundo para os nossos filhos, mas sim a de destruir o mundo que nos recebeu.
Missão cumprida! Sejam todos bem vindos aos caos!
Agora o que há é a expectativa pelo fim e seu inevitável recomeço.
Os dias de hoje são os de espera.
Não sei se fizemos o certo, mas estou certa de que fizemos o que tínhamos que fazer.
Talvez morramos com essa infelicidade arriscada de quem quer tudo e algo mais sem pagar nada por isso.
Tomamos o mundo e ele aí está, a beira do amanhã.

Eu gosto de falar e pensar sobre “quem sou”.
Nasci sob o signo da insatisfação inexplicável, num mundo prestes a explodir por nada; revolta, emoções aprisionadas, sinergia, coragem, silêncio, música, indignação, essa poesia em ruídos.
Minha geração estava condenada a triste perspectiva experimental, provamos de tudo e nada nos alimentava a alma, nada parecia vivo e sólido o suficiente para nos equilibrar, energias leves e pesadas, luzes multicoloridas, magnetismo, formas fluídicas, experimentação, vários mundos dividiam o mesmo espaço e todos esses mundos estavam em guerra.
A geração anterior clamava por paz, nós andamos aos cantos buscando algo que, escondido, revelasse quem somos.
Por isso, talvez, seja tão difícil entender quem são nossos filhos, não são os filhos da insatisfação, nasceram livres da nossa dor, nós livramos o mundo clamando por liberdade; nossos filhos andam mais rápido, ou mais devagar, tanto faz; apenas percebo que não foi o nosso mundo que os recebeu, porque nossa missão não era a de construir um mundo para os nossos filhos, mas sim a de destruir o mundo que nos recebeu.
Missão cumprida! Sejam todos bem vindos aos caos!
Agora o que há é a expectativa pelo fim e seu inevitável recomeço.
Os dias de hoje são os de espera.
Não sei se fizemos o certo, mas estou certa de que fizemos o que tínhamos que fazer.
Talvez morramos com essa infelicidade arriscada de quem quer tudo e algo mais sem pagar nada por isso.
Tomamos o mundo e ele aí está, a beira do amanhã.

Eu sei que ainda vivo o sentimento que vivia no último dia das mães.
Sei que esse sentimento não vai me abandonar, nunca mais nesta vida.
Mas eu também sei que muitas vidas vivi e outras tantas me esperam, de outra forma só seria se eu não tivesse tanto a me acrescentar.
É isso que sou, um espírito caminhando em sua própria busca e aprendizado,
como você que lê, neste instante, o que escrevo sobre “quem sou”.
Então, se tenho algo a lhe dizer, não vou lhe faltar.
Somos filhos de Deus, espíritos imortais, imperfeitos, mas de uma capacidade infinita, na nossa bendita individualidade, prontos a tirar da vida a lição que viemos buscar.
Assim, não se atormente tanto com o mundo lá fora, ele está como deve estar,
o seu compromisso está dentro do seu coração.
Ouça o!
Deixe o mundo lá fora sob a vontade de Deus, aceite os desígnios divinos.
Não julgue tanto seus atos e os erros alheios, somos falhos, é assim mesmo.
Cada um, a seu tempo, descobrindo o que tolamente alguns chamam de verdade.
Porque a Verdade não é assim algo tão rígido, único, a Verdade talvez, eu disse talvez, seja o que cada um de nós é capaz de compreender.
Olhe ao redor: O tempo todo as coisas mudam, as pessoas se descobrem, se deixam, as crianças e os cães têm aquele olhar, os sonhos se refazem, o rio segue, o mar ondeia, as estrelas cintilam, o céu se movimenta.
Dentro do seu ser algo sempre lhe disse para seguir em frente.
Mesmo quando você se diz cansado, traído, desesperado, a sua voz interior avisa que ainda há muito a caminhar e você ouve:
“Segue! ”
Essa não é a voz de Deus, é só sua consciência espiritual relembrando os seus compromissos com essa vida.
“Segue! ”
Quando a agonia apontar busque a Paz, quando o mundo “doer” busque a Fé,
quando a escuridão se avizinhar seja sábio e não duvide que tudo passa, essa é a grande lição que a claridade do sol nos dá, derrubando a noite, diariamente, sem cessar.
Essa sim é a voz de Deus, avisando:
“Estou aqui! Há sempre uma nova chance para você! ”
Ninguém vai nos dizer por onde ir, mas cada um de nós sabe bem o que busca,
mesmo que nos sintamos tão confusos, tudo que queremos é um pouco de luz,
muita paz, alegria, amor e coragem.
Ah! CORAGEM!!!
É só do que precisamos para começar, recomeçar e reconhecer a voz de Deus no sol:
“Coragem! ”
É quando ouvimos esse chamado que estamos em uníssono com Deus.
Então, meu visitante:
Coragem!
Com a graça e a proteção de Deus!

Tão humanos quanto reais.
A gente sempre acredita que tenha alguma ciência sobre a vida, sobre o conhecimento das coisas e das pessoas.
A gente cresce, amadurece um tanto e começa a se achar quase pronto para enfrentar o mundo.
Tolice!
A realidade da vida é tão coberta de detalhes e surpresas que, quando a gente menos espera, vem a vida e ordena:
Aprende!
É quando só resta obedecer, levar no toco, abaixar a guarda e recomeçar.
Toin!
A vida humana é incrível porque a capacidade humana é de completo livre arbítrio, quem não acredita nisso está no começo da jornada, ainda não deu dois passos, porque quem já deu dois passos, como eu; nasci e aprendi a andar, sabe muito bem que o dia de amanhã é uma surpresa e quem está ao nosso lado, ou a frente, ou atrás, um dia; seja amanhã ou mais tarde, ainda vai nos surpreender.
Resta então rezar por uma surpresa positiva.
A humanidade é estranha, tão estranha que nada do que ela faça pode ser considerado estranho.
A humanidade é divinamente humana.
Isso explica tudo!
Mas há uma coisa que me intriga, o porquê de algumas pessoas escolherem viver a mil por hora, afinal a vida lá fora já se movimenta assim.
Como é que elas aguentam
Tem gente que, propositalmente, vive de instigar e provocar velozes reações, chocantes imagens, tristes observações.
Tem gente que não consegue viver um minuto sem provocar, testemunhar, ou sentir: dor.
Não bastasse os falsos nossos de cada dia, os loucos nossos de plantão e os pilantras da esquina, tem gente que se realiza com a força da destruição, olhando nos olhos da revolta, tocando a ferida.
Fala sério!
Quanta infelicidade