Descubro me.
Descubro em sonhos
todos eles "sem" pérolas
que haviam muitos mais versos
loucos e cadentes, de devaneios
que causam na parte mais nobre,
os mais translúcidos versos
que de saliência curva, desconvexa
e adentra na mais recente
moldura fechada.
Percebo que em cada mundo
tem um pedaço da dor,
que escreve de parte
a parte, como se deixasse
as migalhas ao vento.
Conto até nove,
mas posso chegar até doze
e em números suspirar,
mostrando com quantos
paus se faz a uma canoa.
Ah! Mas o que sou
Labirintos me escondem
em muros virtuais,
onde as reticências me identificam,
fotos, textos, meu mundo
e muito mais.
Assim concedo me
o que em sonhos pedi,
o que em versos diluí,
e o que incitadamente
transcrevi.