Quem sou
Não me vejo em espelhos desconheço meu próprio rosto.
Nem mesmo meu olhar eu consigo imaginar.
O tempo me perdeu no universo, sou resto de sombra ao nada.
Sou nada de um pouco de existência que um dia foi.
Desconheço me diante de tudo.
Devo não ter face, devo não ter forma.
Sou um punhado do que sobrou daquilo que fui um dia.
Mas não sei ao certo o que realmente fui nunca me reconheci nunca me olhei em nenhum espelho.
Acredito ser como uma sombra que sempre surge por trás de alguma coisa, mas que coisa
Um espantalho em plena noite Quem sabe um ser detestável.
Um ser omisso, sem voz.
Que se esqueceu de viver.
Uma sombra ambulante que se esqueceu de onde está indo.
Qual o destino Qual a imagem que existe frente ao espelho
Realmente não me importa mais saber.