O que me agoniza é certamente a ausência de motivo.
Se sou feliz ou não, isso cabe à mim dizer e não outro alguém, seja ele ou ela pessoa ou obra.
Sou solitário, de fato; não por estar sozinho o tempo todo, mas por me sentir assim.
Pessoas que estão ali de corpo presente, mas têm tão pouco a acrescentar.
Pessoas que expressam o mínimo possível para sentirem se bem com elas mesmas pela tentativa de ''mostrei que me importo'', mas para mim isso só demonstra o quão mesquinho és.
Melhor ser frio e dizer que não se importa, do que manipular um coração frágil à ponto de dar esperança à ele de que achou alguém que o entende, para depois pisar nessa esperança como quem tira doce de um bebê.
Eu tenho orgulho de quem sou e de quem me tornei com o passar dos anos; mas também me sinto frustrado por estar tão ''acordado'' à ritmo de muitas poucas pessoas, talvez nenhum, conseguirem perceber que 'Oi, sou alguém forte, mas mesmo eu que não aparento preciso e quero afeto, atenção e amor.
Sou alguém difícil para confiar em alguém; confiança é conquistada e facilmente perdida; mas quero todo amor que puder me dar'.
E por obsequio, não sejas tão raso para perceber ''amor'' só entre duas pessoas ou algum tipo de amor fragmentado ou platônico.
Amor é muita coisa, depende da percepção se cada um; mas para mim certamente é algo que me falta.
Não quero alguém 24 horas, até porque eu mesmo não sou disso, não sou alguém possessivo.
Só quero alguém que eu saiba que, mesmo longe, vai me entender e realmente se importa o bastante para entender a dor comigo e fazer o possível para me ajudar da maneira que esta souber.