Os Skatistas
Silêncio, por favor, enquanto assisto o movimento dos rapazes com seus skates.
Quem vê suas roupas largas, com calças maiores que as pernas, não se engane, não é despojo é para que caiba a grandeza que há em cada um deles
Chegam em grupo, mas bem poderiam vir sozinhos, por que cada um vive seu momento ao mesmo tempo e independente dos outros.
São incansáveis em repetir mil vezes a mesma manobra, às vezes cometendo mil vezes o mesmo erro, mas eles persistem, não se entregam ao erro perseguem por instinto ou obstinação a perfeição.
O Skatista sabe que é preciso treino, aperfeiçoamento constante para conseguir a manobra perfeita, e querem conseguir exclusivamente o seu melhor, por que não há competição entre eles.
Naquele instante, são apenas o Skatista, o chão, o ar, e o skate.
Em cada obstáculo tem se um novo desafio, um limite a ser superado, um vencer o medo a cada instante.
A cada segundo a sabedoria para hora ousar, hora manter o equilíbrio.
O Skatista não tem medo de machucar se, não tem medo da queda O Skatista entrega se.
Corre, salta, cai.
Nenhum de seus companheiros manifesta se ou estende a mão.
O silêncio é sinal de respeito e eles sabem que o outro é capaz de levantar se sozinho.
Cair faz parte da vida, e não importa quantas vezes caiam ou se machuquem, eles levantarão e tentarão outra vez.
Não, ninguém jamais os ensinou coisa alguma.
O Skatista apenas sente que dentro dele existe uma força enorme para realizar feitos incríveis, e em suas manobras e peripécias vão nos dizendo do jeito deles que por mais que erremos ou machuquemo nos no caminho, devemos tentar sempre, por que, como eles, todos nós somos grandes, mas muitas vezes deixamos de acreditar nisto