De repente me bate uma saudade dos tempos que eu não vivi.
E logo sinto o cheiro de aromas que ainda não senti.
De repente me bate aquela vontade de abraçar novamente aquela que eu nunca abracei.
De acariciar o rosto daquela que eu sempre sonhei.
De repente me bate aquela vontade de sair sem destino na esperança de encontrá la
E me pego na vontade de ouvir novamente aquelas palavras que eu nunca ouvi.
De repente me bate aquela vontade de esperar aquilo que nunca vai chegar,
De desistir daquilo que ainda nem tentei,
De chorar por aquilo que nem perdi,
De sorrir por aquilo que ainda nem conquistei.
De repente me bate aquela vontade de retirar tudo aquilo que eu disse,
Mas também de dizer tudo aquilo que, por muitas vezes, eu silenciei.
De repente me bate aquela vontade de não te deixar partir
E me lembro que já estás muito longe dos meus braços.
De repente me bate aquela vontade de dizer que ainda te amo.
Mas percebo que não irás me escutar.
E de repente sufoco a vontade.
De repentes que vão
De repentes que voltam com mais intensidade.