Homenagem a Renato Russo
O POETA
O poeta nasceu, cresceu, tornou se poeta.
Começou a escrever e a abalar.
Abalar aos que foram criticados, pela audácia e aos que o ouviam pela coragem.
O poeta era irreverente.
O poeta era um poeta.
Eternamente apaixonado por tudo aquilo que parecia merecer seu amor.
O poeta ria para seus admiradores.
Mas seu íntimo chorava.
Não era feliz.
Então escrevia e esquecia se de seu eterno vazio.
Certo dia, o poeta se viu numa estrada sem fim.
Olhou para os lados, mas nada viu.
Não havia ninguém.
E o poeta fechou os olhos e sentiu uma paz incomparável, uma ternura e angústia.
Nunca havia se sentido assim.
E quando os abriu, estava nun lugar lindo, com flores belíssimas.
De repente olhou para o chão.
Viu pessoas.
Aquelas que sempre estavam ao seu lado.
Ele riu, mas as pessoas choravam.
O poeta havia morrido Mas para nós que ficamos aqui, não pode haver tristeza.
Pois nós temos uma única certeza:
“Poetas não morrem jamais! ”