Hoje saí com meus amigos, me diverti, dei risada, olhei pros lados e te procurei.
Não te vi, mas continuei sorrindo.
Cheguei em casa, sentei na cama, peguei meu celular pra te ligar e contar como foi meu dia, então lembrei que você não iria querer saber como ele foi sem você.
Mas se quisesse, eu diria que foi horrível, que não tenho mais suportado sonhar acordado com a sua presença, meu sono não é mais tranquilo porque eu demoro horas pra dormir sem o seu cafuné.
Minhas manhãs são um martírio sem sua mão deslizando no meu rosto junto a um l amor, você está atrasado l.
Eu tapo os ouvidos pra não ouvir você gritar que eu deixo tudo desarrumado e mesmo assim sua voz ecoa alto na minha mente.
Os dias têm se repetido, eu oscilo entre sorrisos falsos e lágrimas, e a dor é bem maior do que quando dormíamos de costas um para o outro, brigávamos pelo estresse que os ciúmes e o trabalho causavam, ficávamos dias sem nos beijar ou falar palavras carinhosas.
A dor é maior quando eu reconheço que deveria ter te ouvido mais, ter suportado com mais amor as suas escolhas, os seus defeitos, os seus erros; a dor é maior quando eu penso que nós culpamos à tudo, à todos e até mesmo à Deus, que nos permitiu carregar tamanho fardo pra provar nossa força.
Mas que fracos nós somos, orgulhosos e ansiosos.
Espera, eu vou comprar as nossas entradas para aquele filme, O Nosso, a parte 2.