Felipe Mello C.

Somos como os arqueiros, por isso, deveríamos utilizar a tristeza como a força necessária para puxar e lançar a flecha da resiliência em direção à felicidade.

E então acordamos um dia com a notícia da partida de um ente querido, de um grande amigo, de uma celebridade.
Neste momento, milhares de pessoas estão partindo ao redor do mundo.
Independente de religião, sabemos que assim é a vida, num dia a gente chega e no outro vamos embora.
Após escrever esse texto, por exemplo, eu posso partir de uma parada cardíaca ou qualquer doença desconhecida.
A vida é uma caixa de surpresas, mas vivemos com a certeza de conhecermos tudo e todos, com a certeza de sermos donos de nossas vidas e futuros, quando na verdade possuímos apenas uma migalha do momento presente, é assim, como um grão de areia no mar.
Portanto, perceba que a vida está passando e muito provavelmente você está gastando seu tempo e energia dando valor às pequenas coisas, como conversas e comentários desnecessários, materialismo, facebook, instagram, celebridades; Dando valor ao que as pessoas dizem sobre você Amigo(a), dê valor ao amor, seja o amor que você tem por si mesmo ou o que poucos têm verdadeiramente por você, isso sim importa! Dê valor a quem você é de verdade, a quem você é agora! Isso é real, o que você será (se acontecer), o que você já foi ou o que as pessoas dizem sobre você, não é real, silencie as mentiras que a sua mente conta sobre você.
Tenha domínio sobre a sua vida e aproveite cada momento com sabedoria, como se fosse o último, pois realmente pode ser!

VEJA! Venha ver a suposta felicidade que todos vivem nas telinhas da Internet.
Vejam por horas, dias a fio.
Sigam, curtam, compartilhem mas não esqueçam de acompanhar as próprias vidas também.
Tenham cuidado para não acabarem sendo meros expectadores da vida alheia, pois quando perceberem que são atores/atrizes principais dos capítulos da própria existência, pode ser tarde demais!

As palavras ditas em momentos inoportunos ou carregadas de sentimentos ruins são como as ondas do mar num dia de forte ressaca, elas vêm com força total e causam estragos devastadores.
As perdas advindas de tais "palavras", senão flechas embebidas de veneno mortal, são incontestáveis, porém contornáveis.
As ondas do mar destroem tudo o que vem pela frente, mas com o tempo, a maior parte é reconstruída, não como antes, mas refeita com os colaterais da inexorável pancada.
Assim somos: atingidos pelas palavras ruins, nós sofremos, choramos, nos deleitamos no amargor, entretanto, com tempo nos reconstruímos, e cheios de cicatrizes seguimos em frente sem perder a Fé em tempos melhores.