“Vamos fingir que tudo está bem.Que as piadas do palhaço ainda são engraçadas e que o coração não dói.Que o ambiente reservado para fumantes não sufoca e que esperar na fila do banco não cansa.Vamos fazer parecer que nenhuma música é uma lembrança e que o cheiro não grudou na ponta do nariz.Vamos fingir que eu não o vejo em todo canto e que o meu lado da cama dele ainda espera por mim.Vamos fazer de conta que esse espaço todo não aperta e que o que sinto não é necessidade.Vamos fechar os olhos e imaginar que esse ainda não foi o inicio do fim.” Casebre.
Não sei o que se passa aqui dentro de mim, talvez seja saudade de tudo aquilo que um dia foi meu e hoje nem se quer posso lembrar, talvez seja a esperança daquilo que ainda está por vim.Não sei ao certo apenas sei que tudo que sinto se resume em um vazio e eu queria que fosse preenchido com um novo amor, um novo carinho um novo cuidado.
Às vezes eu desanimo, me acho incapaz de fazer o melhor posso.Às vezes não consigo não pensar no pior.Às vezes fico cega e não enxergo como tudo é simples.Então eu lembro que nem todos os dias são exatamente bons e que nós, humanos, temos essa insatisfação colada na garganta.E sigo.
Olha, eu sei que pode parecer difícil acreditar nisso agora, mas confia em mim: vai passar.Nenhum sofrimento dura até o último suspiro.Hoje tudo parece abstrato, estranho, terrível.Mas amanhã tudo estará mais claro, sossegado e sereno.