Talvez eu apenas tenha medo de ser de verdade.
Talvez eu apenas prefira não me arriscar, não me expor.
Talvez o grosso esconda o sensível.
Talvez os palavrões substituam as palavras de amor por medo de sua força.
Talvez seja apenas um método de não deixar chegar, por medo do partir.
Medo, talvez só medo, talvez apenas a vida tenha me levado, e as camadas do tempo enrijeceram a capa, não deixando o de dentro sair.
Talvez apenas não tenha mais espaço, jeito, o delicado, gentil, amoroso agora apenas pareça uma oportunidade de sofrer, uma brecha para ser fraco.
Talvez isso seja apenas uma imagem criada por esse ser inventado pelo tempo.