Alguém mexe com todas as borboletas a tanto adormecidas no meu estômago.
Adoro quando ele me chega em toda sua imensidão e mergulha nesse meu poço pequeno.
Seus olhos cheios de mistérios me sugam para essa história e eu sempre tão comedora de letrinhas, mergulho em letra por letra.
Gosto quando me cheira, me seduz, complementa.
Ele é como uma soma de mim a muito perdida, talvez seja esse nosso jeito meio torto, meio quebrado, meio sei lá, de ainda sim se somar.
Eu era tão cheia de nada, e agora sou cheia de dele.
Ele acende um cigarro e me olha, com aquele tipo de olhar que diz tudo o que você precisa saber e o nosso silêncio fala por nós.
Fala da boca que já decorou os movimentos, fala do cheiro que é só o dele e só o meu e só o nosso, fala desse nosso começo as vezes tão incerto e as vezes tão correto, fala do acaso que foi nosso olhar ter se juntado, reconhecido, misturado, fala de tudo aquilo que sentimos e achamos clichê demais para compartilhar, fala do nosso medo do incerto, do inseguro, do desconhecido, fala de todo esse “deixa rolar” que já virou sentimento.