Amo te muito, meu amor, e tanto
que, ao ter te, amo te mais, e mais ainda
depois de ter te, meu amor.
Não finda
com o próprio amor o amor do teu encanto.
Que encanto é o teu Se continua enquanto
sofro a traição dos que, viscosos, prendem,
por uma paz da guerra a que se vendem,
a pura liberdade do meu canto,
um cântico da terra e do seu povo,
nesta invenção da humanidade inteira
que a cada instante há que inventar de novo,
tão quase é coisa ou sucessão que passa
Que encanto é o teu Deitado à tua beira,
sei que se rasga, eterno, o véu da Graça.