em memória de meu primo que descansou no senhor 02/02/05
ausência
é verão ao final da tarde,mais uma vez,a chuva embebeda a terra
pessoas artificialmente morenas,salgadas,cheirando á maresia
a alegria das crianças em uma pipa estendida no céu
o futebol durante as tardes de domingo
amigos que se reencontram,parentes se aproximam,amizades se desenham
posso ,quem sabe,tirarde letra a ausência
afogar a saudade no oceano do esquecimento,ou ainda,
em lembranças mergulhar a tristeza
sei que um momento,seja um segundo que passe,jamais voltará a cena
a vida, em sua realidade,é dura e cruel quando no olhar,
se esboça o que já não se pode contemplar
e a angústia,em forma de lágrima,desce á face
doce é acreditar que os mortos viverão seu trabalho consumado
seu destino definido
e quanto aos que permanecem na batalha de cada dia,
o que pensar
amarga ilusão é ter que esperar