Imagens que passais pela retina
Dos meus olhos, porque não vos fixais
Que passais como a água cristalina
Por uma fonte para nunca mais!
Ou para o lago escuro onde termina
Vosso curso, silente de juncais,
E o vago medo angustioso domina,
Porque ides sem mim, não me levais
Sem vós o que são os meus olhos abertos
O espelho inútil, meus olhos pagãos!
Aridez de sucessivos desertos
Fica sequer, sombra das minhas mãos,
Flexão casual de meus dedos incertos,
Estranha sombra em movimentos vãos.