Conquistar
No começo da adolescência, lendo um catálogo de livros, fiquei encantado com um título: Como conquistar mulheres sem fazer força.
Com certeza não resisti e comprei: Poderia haver coisa melhor, eu pensava, à época Se “dar” bem com um monte de mulheres.
Evidente que era uma “bobagem só”.
Algo equivalente poderia ser: como aprender a dirigir lendo um livro apenas e sem aula prática nenhuma.
Bastaria lê lo, e “tchan”, como que por magia você sairia dirigindo.
Acho que a gente precisa de tempos assim Ingênuos e simplórios.
Mas passam se algumas tantas estações, e quando a gente se lembra de fatos assim, percebe o quão superficiais eram as idéias da época.
O que pode haver de melhor que encontrar alguém que efetivamente atende, ou até transborda às nossas expectativas Alguém que não é só uma conquista de uma noite ou duas.
É uma pessoa assim que faz valer o dia, os meses e os anos que passam.
Que é amiga, companheira, cúmplice, amada.
Alguém que dá conselhos, afagos, broncas e carinhos.
No entanto é preciso ter “olhos” para ver, e coração pra sentir.
Consciência e percepção para se perceber o que de fato se precisa, e o que se tem diante de si.
É fácil hoje encontrar pessoas que “não crescem”.
Ficam paralisadas naquela visão imatura.
Presas na superficialidade, focadas na exterioridade, no consumismo e na individualidade, no ciúme e na falta de cumplicidade.
Incapazes de perceber o verdadeiro valor de si e dos outros.
Incapazes de serem felizes e de fazerem alguém feliz também.
Não apenas aquela felicidade fugaz e passageira do sexo casual.
Mas aquele encontro que “sacia” mais do que a carne e atinge a plenitude da alma e do espírito.
Aquilo que completa.
Por que só conquistar, se eu posso amar
Portanto, um brinde, a quem ama e outro a quem sabe valorizar um grande amor.