Frases.Tube

Taís Krugmann

QUERIDO CAFAJESTE
Ai, como é gostoso um cara cafajeste!
O homem cafajeste é um incendiário por natureza, sedutor contumaz, conquistador nato, especialista em provocação.
Em minha opinião, toda mulher precisa de um, pelo menos uma ou duas vezes na vida, especialmente se estiver ao lado de um cara sem graça, que se acha demais e que só enxerga o próprio umbigo.
É aí que o cafa entra com tudo na história e desbanca o bobão! Mas pense positivo, tolinho: o cafa pode muito bem ser o boom que faltava na sua relação.
Um cafa além de poderes terapêuticos e da benesse afrodisíaca, se bem administrado, faz verdadeiros milagres no ego, no corpo, na alma e na mente.
Só que é do tipo que não se pode levar para casa, apresentar pra mamãe, salvo alguns casos raros, raríssimos.
Por via das dúvidas, não caia nessa bobeira, querida, não vale a pena alimentar essa ilusão.
Aprendi muito com os cafajestes da minha vida sobre a arte de seduzir, provocar, instigar.
Aprendi que cafa é mesmo para usar, ser usado, abusado Não é para namorar, levar na festa de Natal, casar e ter filhos.
Esqueça! Quem tentou se estrepou.
É regra.
Cafa não muda, aliás, ninguém muda ninguém, fique claro.
Cafa não é almoço, é sobremesa, é a cereja irresistível do bolo.
É aquele cara que te despe com os olhos, mexe com você, te instiga, provoca tua fantasia.
É o proibido e você o quer basicamente porque sabe que nunca o terá.
Misterioso, ele te envolve, faz você pensar em coisas, cometer pecados e cair em deslizes que jamais ousaria narrar.
Te faz querer perder o controle, deixar se invadir, dominar, se perder.
Mas acima de tudo, penso que um cafa pode salvar a autoestima de muitas mulheres com seu superpoder de Don Juan: te abre, te toca, te sente, deseja, conquista, mostra que você está viva e muito! É por isso que toda mulher precisa uma vez ou outra na vida de um.
E como não se apaixonar Cautela, garota! Minha dica: use e abuse dele e só! Mas use o e muito bem usado.
É um artigo supérfluo da sua cestinha de compras, pense assim.
É como chocolate: um vício, eu adoro, mas não dá pra comer todo dia.
Aprecie com moderação.
Um cafajeste é pra isso.
Este crime tem perdão.
E todo homem é um cafa em potencial Não, com certeza, não.
Ser cafajeste é meio que dom, talento que nasce pronto, mas que pode ser adquirido, até acredito, se o camarada realmente se esforçar.
Mas não confunda o bom cafajeste citado aqui com o canalha porque são coisas completamente distintas.
Cafajeste a gente adora, agora canalha não tem vez! Cafajeste a gente perdoa porque ele ergue a nossa bola, massageia nosso ego, dá um up na moral.
Mostra lugares secretos dentro de ti que sequer sonhava existirem.
É o guia turístico dos paraísos íntimos e inexplorados.
Um cafajeste é tudo de bom! Só que não é exclusivo seu, nem meu, nem de ninguém.
Não é e nunca será.
É patrimônio público da humanidade

METAMORFOSE
Conversando com um amigo, trocando confidências, cada um falando um pouquinho de si para o outro e de repente, enquanto eu falava, foi como se tivesse sido atingida por um raio! Uma onda de consciência me invadiu e mexeu comigo por inteira, do dedinho do pé ao âmago de minha alma.
Num momento: o insight.
E foi como se daquele segundo em diante eu pulasse de oradora a ouvinte de mim mesma, da minha própria história, do que eu dizia sobre mim e sobre a minha vida para ele.
O papo terminou, me despedi do meu amigo e continuei mergulhada nesse papo interior pra lá de interessante.
Embevecida, ouvindo “ela” falar.
E a voz na minha mente recontava as minhas próprias histórias de um jeito que eu nunca tinha ouvido, nem visto, nem percebido, muito menos me dado conta.
E ela continuava me analisando em seu divã “A história da sua vida até agora simplesmente não bate, não tem nada a ver, não combina com você, com quem você é de verdade, com a mulher que mora aí dentro, minha amada”.
E eu soube e senti que meu destino (um novo destino) estava sendo escrito/traçado/escolhido ali, naquele exato momento, uma espécie de reinvenção, uma metamorfose.
“Essa que chora, que sofre, que se arrasta triste como a carregar correntes imaginárias pela vida Essa, minha querida, decididamente não é VOCÊ! Delete a, transforme se, mude, faça diferente, invente, reinvente se.
Seja você mesma a pessoa da sua vida.
Deixe o curso da vida fluir na sua casa, no seu corpo, na sua mente, no seu espírito, no seu coração e em tudo aquilo que diz respeito a você.
Abandone o passado, despeça se do que passou.
Abra espaço para o novo, o belo, o ainda não visto e vivido acontecer em sua vida.
Alegre se catalogando e sonhando com o que virá.
Envolva se com tudo aquilo que você deseja, sonha e quer de verdade para sua vida daqui pra frente.
O que verdadeiramente vale a pena permanecerá com você, acompanhará suas mudanças interiores, ficará ao seu lado.
Se você escolhe viver feliz e com amor, a felicidade e o amor se farão presentes inevitavelmente.
É a lei da Vida, do Universo, do Amor, de Deus, da Fé (não importa o nome que você der).
É assim que tudo funciona.
Não viva tão presa, rígida, inconformada, cansada.
Liberte se do que pesa, da dor, de tudo que for cinza, frio e tiver gosto de amargo para você.
Simplesmente solte, deixe ir.
Amor de verdade não é sinônimo de lágrimas e solidão.
Nunca foi.
O amor é uma escolha.
Sofrer também é.
Você é quem escolhe o que vale a pena na sua vida.
Brinque, dance, voe, grite, ame, seja feliz! Por você e para você! SEMPRE!
Permita se respirar, sentir se viva, aliviada e em paz.
Chega de colecionar tristezas, pensar no que não deu certo.
Enterre o passado, pois o que passou não volta mais.
Não dá para voltar no tempo e consertar o que se fez ou deixou de fazer.
Não há como ter certeza de que isso ou aquilo seria o certo ou o errado.
Nada que nos acontece é obra do acaso.
O acaso não existe.
Lembre se: Cada novo dia é uma página em branco pronta para ser escrita.
Escreva uma história nova, linda e diferente para a sua vida, todos os dias.
Uma história alegre e bonita, que a faça querer viver mais, que valha a pena ser escrita e realmente vivida.
E faça sempre da felicidade a sua opção, a única”.

NÃO ME ABANDONE JAMAIS!
Não sei lidar bem com perdas, com finais, especialmente os infelizes.
E quem realmente sabe Os inteligentes.
Aqueles dotados de inteligência emocional e nisso talvez eu seja menos capaz do que deveria, gostaria e poderia me dar ao luxo de ser.
Afinal, nessa altura da vida eu já deveria saber que relacionamentos são baseados em trocas, as vezes tácitas, silenciosas.
Combinações que nem sempre são formalmente ditas, pronunciadas, mas estão ali presentes, existem sim e todos sabem.
No entanto, dificilmente você ouvirá alguém por aí dizendo: “Você me dá algo que preciso e eu em troca te ajudo a conquistar algo que você quer – assim é o nosso jogo, ops, nosso amor”.
É mais bonito e moralmente correto romantizarmos a coisa, querida! E pra ser bem sincera talvez eu seja dessas que prefere sublimar até mesmo o óbvio e aí é que se encontra a raiz de todos os males! Mas o que faço se toda vez que paro e começo a pensar sobre isso sinto na garganta o gosto amargo da racionalização pura e simples que fica como agonia latejando dentro de mim: “O amor é só uma troca, um negócio.
E tudo na vida é um negócio.
Meras combinações entre duas partes interessadas.“ E isso é o que preciso constantemente lembrar de nunca esquecer.
Mas e o que a gente faz agora com o velho coração que é tão bobo e só quer amar por amar E se o amor for mesmo só mais um jogo, desses de sorte ou azar
Será mesmo que é Eu não sei, eu não tenho respostas.
Eu sou do tipo que muito pouco sabe, mas o que sei hoje é que foi com essa dor encravada no pensamento que assisti ao filme “NÃO ME ABANDONE JAMAIS“, uma adaptação do livro homônimo de Kazuo Ishiguro.
A história que mistura ficção científica e drama nos mergulha numa trama em que clones humanos são criados com a exclusiva finalidade de doar seus órgãos e assim concluírem suas vidas após três ou quatro doações.
Só isso.
Tudo isso!
A passividade das personagens diante do destino que lhes é imposto é inquietante e doloroso de se ver.
Talvez por nos remeter aos eternos medos do abandono e da morte sempre incrustados na alma, a nos rondar.
O que você seria capaz de fazer para continuar vivendo O que você seria capaz de fazer por amor, para amar, para se sentir amado As respostas variam e muito, e nem sempre são as que gostaríamos de ouvir e verbalizar.
No entanto, a inquietação maior continua e a meu ver sempre permanecerá nas perguntas, pois essas sim não nos abandonam jamais!

AS COISAS IMPOSSÍVEIS DO AMOR
Esse é o título do excelente filme sobre relacionamentos – suas dificuldades e superações – protagonizado pela bela e talentosa atriz Natalie Portman.
No entanto, esteja preparado, pois lágrimas serão inevitáveis.
Mas tem horas em que chorar faz bem e foi isso o que fiz do início ao fim do filme: debulhei me em prantos.
E agora, com a alma de banho tomado, penso sobre o amor e suas coisas impossíveis, irrefreáveis, inatingíveis
Quem de nós nunca amou alguém e se sentiu totalmente impotente para demonstrar Não me refiro necessariamente ao amor entre casais, mas ao amor em geral, nas suas variadas formas e sujeitos (pais, irmãos, filhos, avós, amigos, tios, sobrinhos, etc).
Somos seres falhos e imperfeitos amando de mil maneiras falhas e imperfeitas também.
Consequentemente, relacionar se, conviver, traz consigo, além do aprendizado de praxe, a sempre inevitável presença da dor.
Julgamo nos incapazes de amar devido à nossa inaptidão em lidar com as divergências de ser, agir e pensar do outro.
Tendemos a esquecer que cada ser é único e é justamente aí que se encontra a maior dificuldade e o maior fascínio do ato de relacionar se.
Nas diferenças individuais é que residem o perfume e o espinho de conviver.
O filme nos mobiliza a refletir também sobre o conceito de família e ampliá lo, pois associá la somente aos laços sanguíneos é limitante, pois família, em si, abrange muito mais coisas.
Família é ser capaz de amar, aceitar e apoiar o outro da maneira como ele sabe, consegue e deseja ser.
É aceitar e conviver numa boa com o melhor e o pior dele, porque inegavelmente todos temos esses dois lados.
Família pode, mas nem sempre corresponde àqueles que nos receberam aqui nesse mundo ao nascermos, pois a nossa família de verdade pode unir se a nós ao longo de nossa trajetória de vida.
E, portanto, serão estes os personagens que protagonizarão os dramas, aventuras, romances e comédias que nos são particulares.
Serão eles os compactuadores de nossa biografia.
Muitas vezes também sofremos por não sabermos diferenciar entre aqueles que serão apenas meros transeuntes de nosso caminho e aqueles que se tornarão companheiros leais de jornada, merecedores de acesso irrestrito ao nosso coração.
Na verdade, é função do tempo mostrar quem é de verdade e quem é de mentira na vida da gente, quem vai e quem fica.
E ele certamente o faz, porém, no seu ritmo, não no nosso.
E assim como a alegria, é inevitável que a dor e as dificuldades também façam parte de nossa história e de nossos relacionamentos.
E a cada um, caberá tornar se forte e corajoso o bastante para viver aquilo de bom e ruim que o amor traz consigo em suas infinitas possibilidades.