Buscamos justificar nossa falta de interesse pelo próximo, e pelos próximos bem próximos, culpando as coisas todas ao nosso redor, aquelas às quais oferecemos nossa vida subjugada.
Mas nossa vida precisa ser assim, aprisionada por necessidades fúteis e distantes do que é fundamental
Não haverá surpresas, à verdadeira mãe.
Não haverá decepção.
Tampouco haverá febre de glórias palpáveis ou efêmeras.
Haverá, sempre, apenas orgulho de ser mãe.
Porque ser mãe é oferecer a certeza do conforto sem qualquer palavra, mesmo na idade em que as palavras ainda não têm qualquer sentido.
Seguimos pagando o preço da nossa omissão crítica.
Da nossa submissão.
Desse conforto que é um medo que possa ser ainda pior.
A inércia, que nos aniquila enquanto acomoda, devia ser o primeiro pecado capital.
Pois seu preço é alto demais.