Há criaturas que chegam aos cinqüenta anos sem nunca passar dos quinze, tão símplices, tão cegas, tão verdes as compõe a natureza; para essas o crepúsculo é o prolongamento da aurora.
Outras não; amadurecem na sazão das flores; vêm ao mundo com a ruga da reflexão no espírito, embora, sem prejuízo do sentimento, que nelas vive e influi, mas não domina.
Nestas o coração nasce enfreado; trota largo, vai a passo ou galopa, como coração que é, mas não dispara nunca,não se perde nem perde o cavaleiro.