A estrada
No cair da noite pego me em pensamentos e percebo que lembranças furtam o meu momento, o impensável torna se viciante como cascatas que não posso controlar, porém uma voz inquietante, o 'eu" minha razão submersa na superfície da emoção grita: "Não é tempo de parar pois a estrada da vida é longa, verse á uma luz se caminhar.
Por impulso, levanto me a minha frente, intensifica se o obscuro, sinto me como um bebê envolto por uma placenta e isso me traz a certeza de um renascimento.
Se páro, reflito, e prossigo não me restam dúvidas, mesmo que incerto, o amanhã trará o seu brilho.
Então, permito me alguns passos, no caminho piso em pedras que quase, me fazem tropeçar mas olho para o céu e vejo a constelação.
Seguindo sem parar, percebo que as pedras já não me incomodam, que fazem parte do habitat natural, então vou seguindo, seguindo e sem parar mas me pego olhando para trás e pensamentos sombrios me vem, eles é que me fazem desequilibrar.
Leio uma placa: uma seta me diz: retorno e a outra: avance.
Opto por avançar, embora meus desvarios me pedem para retornar.
Avançando, avançando se estende diante de mim um caminho de esperança e em carrego dentro de minha bagagem a experiência.
Eis um novo amanhecer.