Ela não queria que fosse fácil, só queria que fosse possível
Despedir se de alguém que nunca chegou
Fechar a porta que não se abriu
Esquecer dos beijos que não roubou
E dos sonhos que nunca sonharam
Ela queria que fosse possível esquecer as histórias não vividas
Consertar os erros que não cometeram
Voltar a lugares que nunca foram
Ou repetir as brigas que nunca tiveram
Ela queria ter ao menos um coração partido pra curar
Músicas pra recordar
Algumas fotos pra jogar fora
Ela queria poder libertar se da ilusão do quase
E parar de viver de esperas
Como um relógio que não aceita os efeitos do tempo
Mas, por hora, ela continua sua busca por infindáveis não começos
Derramando se em tinta e verbos
Filosofando sobre amores que não findam
E sobre a dor de não saber o que seria