Soninha Porto

O teu olhar de alguns segundos eternizou o amor, foi flecha ligeira que atravessou o espaço incerto do querer.
Malditos segundos, irão corroer me pela eternidade!

O domingo está cheio de sol lá fora, disfarça a brisa fria, o calor aquece meus vazios e saudades.
Vejo brilho até em velhos muros e telhados.
Nada como um sol pra nascer um verso.

Eu criança, rodeada de estrelas, cheia de sonhos, ria sem saber porquê.
Hoje eu sei, o riso fez me pular as pedras da amarelinha.
Entre o inferno e o céu.
(SP)

Escrevo.
São tantos os sentimentos
Me entrego, deixo fluir a vida
para não perder um só minuto
do que nela habita.

A gente pensa a vida tão quadradinha
de repente vem um filho e muda tudo,
aí eu entendo por que tem que deixar rolar
o mundo é redondo

Asssombro
A pequena névoa que corre entre o cimento e as flores,
me diz que o mundo, embora vivo, está chorando.