Todos os lugares
A minha poesia é assim como
uma vida que vagueia
pelo mundo,
por todos os caminhos do
mundo,
desencontrados como os
ponteiros de um relógio velho,
que ora tem um mar de
espuma, calmo, como o luar
num jardim noturno,
ora um deserto que o si não
veio modificar,
ora a miragem de se estar
perto do oásis,
ora os pés cansados, sem
forças para ir além.
Que ninguém me peça esse
andar certo de quem sabe
o rumo e a hora de o atingir,
a tranquilidade de quem tem
na mão o profetizado
de que a tempestade não lhe
abalará o palácio,
a doçura de quem nada tem a
regatear,
o clamor dos que nasceram
com o sangue a crepitar.
Na minha vida nem sempre a
bússola se atrai ao mesmo
norte.
Que ninguém me peça nada.
Nada.
Deixai me com o meu dia que
nem sempre é dia,
com a minha noite que nem
sempre é noite
como a alma quer.
Não sei andar em.
caminhos de
cor
Ou vales estrelados..
Sou meio dim morrisom..
Sou meio renato russo..
Mais sou marisa monte e nelson
sargento..
Dias de paulinho da viola..
E momentos de cult..
Sou assim..
Sem pernas para caminhar em
linha reta mais com asa para o
mais alto vôo..
Sem sonhos
Mais com a vida pela frente..
Sem medos..
Porque o medo é
um luxo que não me permito
ter..
Não me peca medo..
Me cobre somente a saudade..
Marcos Magno