Ainda vivemos numa cultura onde a importância do pai na vida de um filho, seja qual for o gênero, é menosprezada e diminuída, como se fosse menos essencial ou de menor valia.
Esquecemos que já passou o tempo em que a mulher era obrigada a cuidar da família e do lar e para o homem era atribuído o sustento da família e tudo associado ao que estaria fora de casa, participando muito pouco da vida social dos filhos e consequentemente de todos os parentes.
Apesar da mulher ser biologicamente responsável por prover o primeiro alimento do filho, isto não deveria excluir a presença do pai nos momentos decisivos do filho.
As leis trabalhistas não ajudam também pelo fato da sociedade ainda não estar convencida que o pai realmente precisa interagir mais na educação dos filhos.
O próprio pai muitas vezes, se dispensa dessa prioridade, achando mesmo que a mãe tem um entendimento já inerente e seu envolvimento só atrapalhará o processo, acreditando que nem é tão importante assim.
Embora a mãe esteja associada à questão biológica do processo o pai não deveria nunca se excluir, muito menos pensar que tem menos valor na vida do filho.
Os pais precisam perceber que a educação deve ser vista como um crescimento conjunto da mesma forma que a criança foi concebida.
Os filhos têm que receber carinho e afeto dos dois lados e também construir sua personalidade através da percepção de vida tanto do pai quanto da mãe, e esse desenvolvimento não deve acontecer com apenas uma influência e um espectador.
Salvo casos excepcionais, se o pai permanecer como uma pessoa dispensável na vida do filho, o tempo só irá fortalecer essa ideia e é muito difícil reverter tudo isso.