VIAGEM NO TEMPO
Lanço ao mar meu olhar,
ele é minha ponte
com o horizonte,
olhos atentos de navegar,
visão lisa, assaz precisa,
me da o norte,
da nossa sorte,
ao destino que não invisa,
minha pele cheira alvorada
respira nova liberdade,
pois nunca é tarde,
se meu lugar é tua parada,
ouço sons verdes de farfalhar,
é a brisa da nova sina,
ou talvez tua saia menina,
talvez ambas a me esperar,
Ó mar, ó amar, provei teu sal,
temperei meus anseios,
me deitei em teus seios,
agora fujo para o teu madrigal.
Pérsio Pereira de Mendonça –