É de amor que se trata
quando é de morte que
se fala.
É de uma paz
desconcertante que abala
o agora ou qualquer outro
instante.
É de morte que
se fala, se teme, se vive.
Nada se pode fazer em
relação à morte, mas
sempre se pode viver
sem se entregar a vida
à sorte.
Tudo se pode vencer se
é de medo que se trata
seja ele ternurento, seja
ele amargo, que escape ele
à sorte.
Temer a morte é temer
a vida e é entregar a paz
que temos para infernos
que nos assaltam a calma
e nos enervam a mente
seja ela frívola, seja ela
pura, seja ela mais decente.