Sorte a minha que nunca sofri do mal do amor.
Em todos estes anos, a paixão nunca me cegou!
Tenho o coração fechado e a alma insensível à dor.
Azar de quem de mim se aproximou.
Nenhuma das minhas cicatrizes são de abandono.
Eu entro e saio quando quero, sem para trás olhar!
Da minha vida e do meu nariz, eu sou único dono.
O meu destino e horizonte está entre o céu e o mar.
Ora, que culpa tenho eu de ter nascido com esta sorte
Não há sentimento que me prenda, a minha vida não tem norte.
E quando a velhice chegar, e a solidão se instalar.
Um velho lobo do mar hei de virar!
Sorte a minha que nunca sofri do mal do amor.
Azar de quem por mim se apaixonou.
Ser sozinho é o meu destino, por mais que digam ser desatino.
Pobre de quem já amou, e de quem de ironia nunca usou