Aqueles que, no sentido preciso do termo
cuidam do filosofar, permanecem afastados
de todos os desejos corporais sem exceção,
mantendo uma atitude inflexível e não concedendo
às paixões.
A perda de patrimônios, a pobreza, não lhes causa
medo, como acontece com a multidão dos amigos
da riqueza; e nem a existência sem honrarias e sem
glória que o infortúnio proporciona não é de molde a
intimidamos como acontece com aqueles que amam
o poder e as honrarias.
E, desse modo, eles se mantêm afastados dessas
espécies de desejos.
(Sócrates)