"Quando soube o tamanho do amor que a sua namorada lhe prometera, o menino rapidamente ao papai do céu perguntou: Papai do céu, como eu faço para retribuir tanto amor e carinho que recebo da minha namorada Alguns dias depois, ele recebe uma carta com umas anotações.
O pequeno rapaz tratou de ler e, com o passar das linhas, percebeu que a carta era para outra pessoa, endereçada à uma casa que ficava uns dois quarteirões a frente.
O menino, ficou espantado, pois a carta era embebida de palavras ásperas e grossas, algo um tanto diferente do que lhe foi ensinado até então.
A leitura era fascinante, parar de ler já não fazia parte dos planos do garoto.
Já no final das palavras ele pôde ler: "E apesar de tudo, eu a amo! ", confuso, o jovem, não entendia como a vida funcionava, aliás, ele próprio a princípio só queria retribuir à altura o amor e carinho que sua namorada lhe dava.
Ainda sem respostas ele continuou, até que o carteiro, junto com a real endereçada bateram em sua porta, chamando por seu nome.
Ele, assustado, foi atender a porta.
A mulher em prantos perguntava pela carta.
O menino disse a ela que se verdadeiramente amasse o marido não haveria motivos para ler a carta, pois o conteúdo era ofensivo e que talvez ela não gostasse.
A mulher explicou que o amor é um sentimento invisível como o ar, mas se faz sentir quando encontramos a pessoa certa, como o vento que balança árvores, ele será grande e forte quando houver afinidade.
Por isso, quando encontramos uma pessoa que nos completa, temos que agir de forma elegante e retribuir tudo aquilo que recebemos.
A partir desse dia, o menino começou a dar presentes sem motivos, fora das datas festivas, passou a ser mais calmo e compreensivo, passou também a elogiar mais e mais a beleza da sua amada, passou a amá la cada vez mais, pois descobriu que o verdadeiro sentido do amor está na retribuição e que ser amado é lindo, mas retribuir esse amor é o gesto mais puro e nobre que um ser humano pode realizar."