Sem querer ser
Não sei ser mais que eu mesma, não me permito ultrapassar as barreiras do meu eu, e atropelar quem quer que seja.
Sou deveras um pingo de chuva durante a tempestade, a faísca que vai se apagando em meio as labaredas de um incêndio.
Ser tão insignificantemente dolorido, que os ossos rangem com os passos ainda que lentos em direção ao quarto escuro e sombrio.
Que sou então, se nem mesmo sei sofrer !
Pelos quais tantas vezes sorri, abracei, acreditei, me permiti.
Galhos secos em busca de sombra Almas vazias derramando solidão
Quem são Esta não sou eu, não! Um ponto e vírgula;
Em novas histórias de fé, desprezo e frustração!
Porventura deveria comportar me feito cobra, revirando me na areia, para que alguém pise sobre minha cabeça e já esmagada pela maldição de ter que rastejar sobre minha própria sorte, busque apenas sobreviver
E jaz A natureza segue, é preciso existir.
Cá estou, não conseguindo ser, apenas não mais do que sou.
Érwelley C.
de Andrade ALBDF.