Basta falarmos de um objeto para nos acreditarmos objetivos.
Mas, por nossa primeira escolha, o objeto nos designa mais do que o designamos, e o que julgamos nossos pensamentos fundamentais são amiúdes confidências sobre a juventude do nosso espírito.
Ás vezes nos maravilhamos diante de um objeto eleito; acumulamos hipóteses e os devaneios; formamos assim convicções que tem a aparência de um saber.
Mas a fonte inicial é impura: a evicência primeira não é uma verdade fundamental.
De fato a objetividade científica só é possível se inicialmente rompemos com o objeto imediato, se recusamos a sedução da primeira esolha, se detemos e refutamos os pensamentos que nascem da primeira observação.
Toda objetividade, devidamente verificada, desmente o primeiro contao com o objeto.