Você encerrava em mim eu mesma e era uma loucura tudo, como eu sentia, como eu queria me vomitar e ensanguentar e explodir e rodopiar em mim até furar o chão como uma broca desgovernada e depois sair derrubando o mundo como o único pião que sabe a verdade e precisa chacoalhar seu entorno pra não enlouquecer sozinho.
Era uma loucura tudo.
Mas a morte, o fim, nós, andando calmos, ao lado um do outro, isso me permitiu estar de alguma forma sem querer habitar cada instante do estar e para isso me retirando o tempo todo.
E isso pode ser viver mas viver é terrível.
E antes, quando eu não sabia viver e me sentia amada, era ainda mais terrível.
Daí que sobra essa sensação de uma solidão filha da p*** mil vezes pois em nada dá pra ser com você.
E tudo bem, não é você, nunca foi, mas escuta a maluquice: é que nada disso impede que eu sinta um amor absurdo por você.