Vácuo

Na entrelinha das linhas
existe um vácuo infinito
onde se escorregou um mar em rio
Se perdeu no vácuo
e ficou vazio
Se perdeu nas linhas
e ficou perdido
Te buscares eu irei
e te levarei comigo
pelo mar em rio das profundezas
Se não voltares mais
agora descansa em paz.

A mentira é uma habilidade de quem tem poucas ou nenhuma habilidade.
Mas, preencher o vácuo com coisas "inconcretas" é uma habilidade e tanto.

E nesse momento, sinto um frigelido sentimento,
o coração pulsa num vácuo silencioso,
não sinto nem dor nem amor, só um horizonte estático entre o céu e a terra.
Sinto me cansado, como se precisasse repousar imediatamente.
Nem as mais belas teorias nem mesmo as ciências comprovadas farão com quer eu entenda tudo isso agora.
Mas não posso abandonar o livro da minha historia, preciso escreve lo ate o fim.

É tanto vacuo na minha vida que já nem sei se existo

O vácuo é maior do que a flecha
Que se fincou no lado certeiro
do “não sei o que hei de guardar”
A rosa que plantei virou pedra
Para o vento não mais fraquejar
No caminho tardarei forasteiro
do meu “mundo que não sei se existe”
Amanhecerá outras vezes

Não diga que não consegue, sem tentar.
Qualquer argumento que alegue sem tentar é um argumento vácuo.

Dentro de mim coube o vácuo do universo!

O MILAGRE DO AMOR
No vácuo da noite silenciosa
o poeta reluta em controlar seus sentimentos,
mas já exausto e sem anteparos,
rende se às forças exteriores que invadem suas entranhas.
Não há mais palavras a serem ditas e até os versos,
extasiados,
atiraram se no amplexo da vida.
E de repente o desejo incontrolável de ouvir a voz que vem do eterno,
de admirar os olhos lindos e sinceros,
de fitar a magia do sorriso franco e puro.
Já não há mais resistência e razão e até mesmo a lógica partiu para o espaço infinito.
Tudo agora é encanto e em pensamento ele busca desesperadamente os traços e curvas nos arquivos da memória,
esculpindo, na solidão da noite,
cada linha daquele corpo ausente,
redesenhando o rosto,
os gestos,
o jeito especial,
sonhando com a ternura no entrelaço do abraço que lhe devolveu o entusiasmo pela vida.
A poesia se foi
e se os sentimentos são mais poderosos do que as palavras
é porque nada pode um poema ante o milagre do amor

Buril de Plenitude
Neste iminente infinito, neste vazio turvado, neste vácuo e cru absoluto há forma.
Outrora e porventura haja reforma.
Mas por obséquio, não faça disforma.
Por mais que esta peleja corte me estilhaços, não viverei sob nenhuma norma.
Ainda que teus sentimentos que lhe transforma, não possuo almejos que me conforma.
Mas por minha serena compaixão, alguma plenitude me informa.
Que neste iminente infinito, neste vazio turvado, neste vácuo e cru absoluto Ainda haja forma.

Mania da gente de tentar algo maior, mania de viver no limite ou no vácuo, delicia de deixar se levar no terror do destino.

Quem tenta aprisionar o vento, acaba no vácuo.

Adeus
Não quero isso
outro adeus por que
ela se foi e deixou um vacúo
nada se pode tampa.
Meu coração que é um motor,
deixando peças pelo chão
por que outro adeus
Ouça os tambos de meu mundo
não quero outro adeus,
não quero sofrer,
não quero morrer.
por que outro adeus
você sempre me amou
não me de adeus.
Não há tempo pra você
por que quer ir embora
deixou de me amar
eu te fiz sofrer
vai criar mais uma guerra
por que outro adeus
nunca! vou entender porque você
foi embora.

Enquanto existir o infinito vácuo que permite o universo existe.
Existirá vida.

Nunca percebi tanto a espiritualidade imponderável da alma:
o vácuo habitava me dentro.

Vento Clandestino
Nosso tempo esta parado
Naquele mesmo instante
Naquele mesmo lado
Esse vacuo constante,
A porta aberta no silencio,
O sol queimando nossa mente
E assim veio o destino,
Trazendo dor e escuridão,
Uma especie de vento clandestino
Que destruiu nossa ilusão,
Um tempo que despeja uma dor imensa,
Mas que traz uma doce depressão.
Não vou chorar enquanto voce estiver aqui,
Vou desaparecer por ai,
Vou me encontrar com alguns amigos,
Tomar algo, me embriagar,
Dormir na rua, ou na esquina,
Talvez em casa, ou aqui no bar
E assim veio o destino,
Trazendo dor e escuridão,
Uma especie de vento clandestino
Que destruiu nossa ilusão,
Um tempo que despeja uma dor imensa,
Mas que traz uma doce depressão