Frases.Tube

Textos sobre Família

Minha família sempre foi humilde.
Lembro me que meus primeiros passos foram no chão "vermelhão" onde me via refletida.
Observava desde pequena o empenho daquela mulher brava que passava horas na enceradeira deixando o chão brilhando.
Minha mãe é um exemplo de força!
A casa era pequena, de madeira, com um quintal grande e uma goiabeira que eu amava me pendurar.
Certa vez desabei da goiabeira.
Fixei os pés em um dos galhos e comecei a cantar Roberto Carlos.
O galho quebrou e eu fui cantando para o chão.
Me ralei toda e cantei até o fim; mas também, tinha medo dos seus galhos quando fazia alguma "arte".
Era a primeira coisa que minha mãe pegava: a varinha para dar nas pernas.
Já fui para o parquinho da primeira infância com vergões.
Eu não era fácil.
Quando eu sabia que tinha feito algo errado, me escondia atrás da casa.
Como se não houvesse amanhã, esperava passar a braveza da mãe para escapar da varinha, ou fazia desenhos com declarações de amor para amolecer o coração daquela mulher
Quando a noite caía, meu pai sentava na área da frente e me ensinava a contar estrelas Meu pai é um poeta calado que nunca escreveu ou declamou seus poemas.
Eu o entendo.
Olhávamos o céu juntos e de fundo eu ouvia a vinheta do Jornal Nacional.
Em dias de faxina, minha mãe colocava os discos do Roberto Carlos, (eu sabia todas), Abba, Altemar Dutra, Júlio Iglesias, que até hoje sei de cor a sequência das faixas.
Fora os sucessos dos anos 80 num disco de coletânea.
Era sensacional!
Sozinha, com o socador de alho (que pegava escondido), eu cantava no fundo do quintal.
Criava as próprias coreografias, tinha público e tudo.
(Imaginário, claro! ).
Eu imitava meus pais porque nas missas e casamentos os via cantando juntos.
Observava aquelas pessoas que os abraçavam no final dos eventos.
Eu sorria e achava lindo! ( )
Memórias, delicadezas do tempo.
Sou nostálgica e me alegro ao sentir tanto amor nessas lembranças.
Tanta coisa aconteceu depois disso
Gosto imenso de bordar detalhes.
A beleza da vida se encontra naquilo que o tempo nunca apaga.
Eterniza.
Eu tive uma infância feliz

Coisa de menina
Desde pequena ensinei minha filha certas coisas femininas.
Um dia, quando ela ainda era bem pequena, comprei um presente importantissimo: uma pinça.
Expliquei que com aquela ferramenta ela teria o poder de cuidar das proprias sobrancelhas.
Que deveria zelar pela pinça com carinho, não perder nem emprestar pra ninguém.
Mais tarde comprei um kit manicure e expliquei que uma menina tem que ter sempre as unhas bem lixadas e pintadas.
Que ela guardasse aquele material com muito carinho.
Depois foi a vez dos batons, maquiagens e etc.
A lista de cuidados femininos é interminável e as vezes penso que é impossível ter tudo em dia.
Se os cabelos estão escovados a sobrancelha está por fazer.
Se consigo a depilação não sobra tempo de fazer as unhas
A escravidão é total.
Minha filha agora tem vinte anos e se tornou uma mulher vaidosa.
Faz quase tudo sozinha em casa e hoje tivemos uma tarde de meninas fazendo as nossas próprias unhas.
Descobri que ela roubou meu alicate e o resgatei de volta.
Descobri também que ela deve ter uns trezentos esmaltes que ficam organizados por cores claras e escuras na sua caixinha de plástico colorida.
Sentadas essa tarde, com nossos respectivos materiais de manicure, jogamos conversa fora, botamos o papo em dia, rimos, brigamos, trocamos confidencias.
Coisa de mãe e filha.
Ela me deu algumas dicas novas e me emprestou um de seus esmaltes.
Discutimos sobre as melhores combinações de cores, se o dourado novo é cafona ou chique, sobre como manter a acetona sem derramar e em que angulo é melhor lixar as unhas para não quebrarem.
Coisas femininas.
Foi uma momento que vai ficar pra sempre nas minhas recordações.
Uma tarde de amor e cumplicidade.
Coisa de família, onde as melhores lembranças se criam nos momentos simples do dia a dia.
#EuPrecisavaDizerIsto

A HISTÓRIA MAIS BELA E MAIS SOMBRIA
De família modesta, sem dinheiro,
casou se com humilde carpinteiro.
E tão pobre ficou este casal
que nasceu o seu filho num curral.
O berço deste foi a manjedoura
onde comiam a jumenta e a toura.
De palha solta deram Lhe o colchão
como se fora a uma ovelha ou cão.
Nunca, até agora, mais modesto abrigo
se dispensou para qualquer mendigo.
Mas este quadro de miséria extrema
é um canto de amor, um doce poema.
Não é por ser nascido num castelo
ou em palácio que se nasce belo
ou que se tem o génio ou o talento,
íman na voz, o sol no pensamento.
A simpatia, a graça, a formosura,
dons afectivos, candidato, ternura,
não fazem privilégio de alta roda,
das damas da nobreza e grande moda.
Dessa pobre Mulher do humilde povo
nasce um Menino que é o Mundo Novo,
a ideia nova, a redenção, a aurora,
a luz do amor, a voz libertadora.
Logo ao nascer era de maravilha
toda a expressão que no seu modesto leito
o crê predestinado a grande feito.
Tanto correu e se espalhou a fama
que até os Reis de muito longe chama
e também veio vê Lo pressuroso
o tirano, o soberbo, o invejoso,
que logo acharam, para si, perigo
no mísero curral, no humilde abrigo;
que logo, tendo em conta seu regalo,
ao Menino, planearam de matá Lo,
Mas esta pobre Mãe, triste plebeia,
para o seu Filho todo o mal receia;
Da visita dos maus Ela adivinha
o fim, o vil intuito que continha;
E resolve fugir espera a noite,
sombra que tudo esconda, onde se acoite;
Numa jumenta cavalgando vai,
com o Filhinho ao colo, aquela Mãe,
levando ao lado atento caminheiro,
como zeloso guarda, o carpinteiro.
Procuram os caminhos mais escusos,
apavorados, trémulos, confusos,
e só pararam atingindo o alvo,
o seu Menino Amado ver a salvo,
quando chegaram a outro país amigo,
onde encontraram protecção e abrigo.

E o Menino cresceu e correu Mundo
e mais cresceu o seu saber profundo,
pois ainda criança aos mestres espantava,
com as sábias respostas que lhes dava.

A Força avassalava a maioria,
o povo, a multidão, tudo sofria;
O Senhor tinha mando e privilégio,
e dava e transmitia o poder régio;
Filho de escravo era também escravo,
que podia espremer se como um favo,
amoldar se à vontade do senhor,
sem compaixão, sem atender à dor;
O idolatra da força estava em voga,
era o carrasco que vestia a toga.

Então Esse de humilde nascimento
começou a pregar seu pensamento.
Era belo e incisivo no dizer,
quem o escutasse era incitado a crer.
Discípulos, em breve, conquistava,
sua doutrina mais se propagava.
O sofredor, o pobre, o deserdado
achavam maravilhas no Seu brado.
O tirano, o soberbo, o invejoso
também veio escutá Lo pressuroso.
Ele exaltava o humilde, o que sofria;
o império de Seu Pai lhe prometia.
Pregava o amor a Deus, Seu Pai Celeste,
e se exprimia sempre em nome Deste:
«Quem não amar, na terra, o semelhante
ofenderá Meu Pai, no mesmo instante»

E a Mãe no Filho toda se revia,
mas o tirano não adormecia
e novo susto, nova dor a espreita;
ele prepara lhe a feroz receita:
Entre os amigos de O que prega o Amor,
descobre, encontra o réptil traidor.
O beijo duma boca envenenada
foi o primeiro gesto da cilada.
O beijo denuncia, identifica,
depois surge a chicana, a fraude, a trica;
esbirros são armados em juízos,
a decisão do arbítrio quer raízes,
quer dar se à burla aspecto de decência,
o traficante joga na aparência.
A causa de principio está julgada,
em bastidor foi a sentença dada,
se pinta a Via Sacra e o Calvário
para servir de fundo no cenário.
A trama urdida só a um fim conduz,
a que se pregue o Justo sobre a cruz.
Aquele que somente amor exprime
se acusa e culpa do mais negro crime;
a gente rica, bem tratada e nédia
nem sequer se apercebe da tragédia;
o povo ladra, no seu louco engano,
cão assolado, a soldo do tirano;
com medo dos terrores, dos castigos,
apavorados fogem os amigos.
Só Ela fica, sem receio a nada,
quer com o Filho ser crucificada.

A Igreja, velha, sábia e previdente,
todos os anos, infalivelmente,
grita ao rebanho, chamar lhe à memória
essa tragédia, essa sombria história,
pois nela vive o sentimento amargo
de que anda o lobo farejando ao largo;
para evitar o assalto do inimigo
que é bem preciso reforçar o abrigo,
manter, para o combate ao malefício,
espírito de heroísmo e sacrifício,
se for preciso, transportar a cruz,
saber nela morrer, como Jesus!

A Mãe que mais amou e mais sofreu,
ao Filho inteiramente consagrada,
em nuvens de almas se elevou ao Céu,
ao som de hinos de Glória e de Alvorada.
Humilde, frágil, filha de plebeu,
com simples carpinteiro era casada,
curral foi a morada onde nasceu
a Vida que Ela viu crucificada.
Atingiu da beleza a plenitude:
Pela escada subiu do sofrimento
ao vértice do amor e da virtude.
Nunca existiu amor tão vivo e atento!
Mães, que supondes vossa empresa rude,
eis montanhas de fé, rios de alento!
Porto, Abril de 1955

Sem mais tagarelar!
E por um lado era a problemática, corte incisivo na família e por outro era a fria mas o que pouco se sabia que a aparência fria e grotesca de nada servia para que quem a conhecesse de verdade saberia que por baixo de todo aquele suposto mal humor, ressacas e cara de mal havia só mais uma tentando enganar se querendo opiniões mais inteligentes querendo se encher de sabedoria e razão querendo não derramar nem seque uma gota daquele liquido precioso da qual ela não gostava de dizer que eram lagrimas e sim pontos de referencias de algum fato tal como importante ou de ações de pessoas que naquele momento ela julgava ser importante pro seu ser, ou tão repulsivo a ponto de faze la derramar aquele liquido, como sinal de sensibilidade aos olhos causadas pelo odor odor por ela denominado falsidade e por isso lhe causava tanta sensibilidade nos olhos.
Era algo de se orgulhar ter um intelecto tão privilegiado porem ao mesmo tempo era tão perturbador de pensamentos diabólicos que a faziam sentir vontade até mesmo de cortar sua própria jugular, mas pra isso lhe faltava coragem.
Sorte!
Mas um dia ela resolveu ser um pouco mais humanitária e resolveu confiar na incognita, na verdade ela resolveu confiar sua preciosa lealdade a um estranho mas nunca jogava cem por cento suas cartas sempre deixava uma brexinha de duvidas para si mesma e no dia em que ela resolveu plenamente confiar ela se magoou ela se feriou pois todo aquele trabalho de tempo e até mesmo de uma forma involuntaria “amor” foram gastos em vão pois o estranho era um usurpador e só gostaria de provar para seu próprio ego que conseguiu tudo aquilo que planejava e na verdade ele realmente conseguiu.
E a pobre menininha ficou estirada ao chão chorando e se contorcendo de ódio, pois te lembrando bem meu caro leitor a aparência era fria mas por dentro não era porque simplesmente ignorar seria fácil de mais para ela e em alguns minutos seu angelical rostinho se tornou em algo brutesco e mostruoso e ela sussurrou para si mesma
Sempre fui a vilã do seu ponto de vista, pois agora farei meu papel com toda honra e veracidade!