"Na vida, nossa postura deve estar sempre comprometida com nossos mais profundos e enraizados princípios éticos e morais.
Sem negociações.
A não aceitação ante o que fere o que de mais genuíno temos em nós.
Altos podem ser os preços, quando não abrimos mão do que nos define e representa.
Mesmo assim, a recusa deve ser perene, diante de posturas que contradigam toda uma história de vida.
A dor, diante do que não entendemos, pode ferir indelevelmente ; o espanto, crescente, atordoa e paralisa.
Indigna.A desilusão pode ser inevitável.
Nossas certezas são testadas.
O protesto, a não rendição, porém, nos definem e seguimos, mesmo pisando em vidros estilhaçados, desdenhando decisões duvidosas e que apequenam.
Jamais ceder ao antagonismo entre o que se é e o que se faz.
Viver com dignidade é não fazer concessões frente ao que não nos define.
Há que se abrir caminhos, ainda que com a alma sangrando, sob o comando da recusa onde não possamos estar, em nossa inteireza.
Inabilidade em viver, quando viver possa significar ser pequeno ou medíocre.
Manipulável.
A recompensa, porém, em contraponto à desilusão, pode ser justamente esta orfandade, esta irresignação frente ao que não se aceita, nem se barganha.
A adversidade traz, no seu bojo, possibilidades de crescimento emocional e espiritual.
O principal compromisso deve ser sempre com consciência e intuição.
Nossa biografia, assim, sempre se revelará como nossa maior verdade."