Pessoas fecham portas, muitas vezes nem chegam a abrir.
Viram as costas, somem, fingem que você não existe.
Muitas pessoas te dão a mão para fazer de conta que te ajudou a levantar, quando na verdade nem fizeram a força necessária para te puxar.
E algumas dessas pessoas fazem uma forcinha para te colocar ainda mais para baixo.
Te ligam quando precisam de você.
E daí você pensa que é útil.
Mas ser útil não necessariamente faz de você especial.
Na verdade, faz de você especialmente útil para aquela ocasião.
E você se sente sozinho no mundo mesmo estando rodeado de pessoas que, em sua maioria e na maioria das vezes, não passam de habitantes que apenas compartilham o mesmo espaço.
Pior do que você se decepcionar com as pessoas é ter que se conformar com o fato de que vai passar a vida inteira se decepcionando com as pessoas.
Isso gera uma certa frieza com uma pitada de indiferença que, misturado a grande porção de tristeza, resulta num bolo embatumado de sabor amargo que desce seco pela garganta; se não tomar cuidado fica entalado e te mata engasgado.
Mas quando você menos espera Deus abre os braços, e no seu afago suave e ao mesmo tempo intenso, lhe mostra que somente nEle podemos esperar o relacionamento sincero, verdadeiramente puro e incondicional.
É Ele aquela luz no fim do túnel, o último fio, a esperança que ainda não morreu antes do último suspiro.
É Ele que está no vazio da multidão, no silêncio do nosso desespero, na lacuna da nossa existência que ainda não foi preenchida pela essência da vida.
É Ele, na verdade, a felicidade que procuramos nos lugares, nas coisas e nas pessoas, quando não O encontramos em nós mesmos.
No fim, é somente Deus que te espera para fazer com você um novo começo.
E então você finalmente descobre que o segredo está em simplesmente viver, e não viver simplesmente.
Quanto as pessoas, bem, são simplesmente pessoas