PERDOA ME
Perdoa me se meus versos
Nesta fase de nossas vidas,
Mostram se tristes e frágeis.
É que a tristeza latente
Emudece o canto das rimas
Apagando o lirismo, lentamente.
Perdoa me então, se minha voz,
Por vezes cala quando deveria falar
E muito fala quando deveria calar.
Perdoa me se em mim
O teu avesso de homem apaixonado
Fere e transporta a sentimentos
Que deixam meu coração tão sufocado.
Perdoa me se não sou
E jamais serei o que idealizastes.
Perdoa me por atirar me em teus braços
P’ra logo depois, sutilmente,
Refugiar me ao ostracismo.
Perdoa me por perder me
E tentar sempre achar me em você.
Perdoa me, pela imensa capacidade que tenho,
De te amar, demais.