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Tati Bernardi Textos

Eu não espero que você seja o grande amor da minha vida, parei de acreditar nisso Não quero que você me faça chorar.
Não quero que você seja um motivo ruim na minha vida.
Você é motivo de sorrisos, razão pra eu acordar num dia de chuva e tomar banho e mudar de roupa porque eu sei que você vai passar aqui Não quero te odiar.
Não quero falar mal de você pros outros.
Pras minhas amigas.
Quero falar mal de você como quem ama.
Pois é, ele nunca lembra de desligar o celular antes de dormir e sempre alguém do trabalho liga.
Sabe, eu quero dizer isso.
Que o máximo de irritação que você me provoca é me acordar de manhã cedo falando bobagens que parecem ser importantes no celular.
Não quero que você me largue.
Não quero te largar.
Não quero ter motivos pra ir embora, pra te deixar falando sozinho, pra bater o telefone na sua cara.
E eu não tenho medo que isso aconteça (eu nunca tenho), eu fiz isso com todos os outros.
É só que dessa vez eu queria muito que fosse diferente.
Dessa vez, com você, eu queria que desse certo.
Que eu não te largasse no altar.
Que eu não te visse com outra.
Que eu não tivesse raiva.
Que você não passasse a comer de boca aberta.
Que você entendesse o meu problema com chãos de banheiro molhados pra sempre.
Que você gostasse e cuidasse de mim como disse ontem à noite que cuidará.
Eu quero que dê certo, não estraga, por favor.
Não estraga não estraga não estraga.
Posso pôr um post it na sua carteira Mesmo que a gente não fique juntos pra sempre.
Mesmo que acabe semana que vem.
Nunca destrua o meu carinho por você.
Nunca esfrie o calorzinho que aparece dentro de mim quando você liga, sorri ou aparece Mesmo que você apareça na porta de outras mulheres depois de me deixar.
Me deixe um dia, se quiser.
Mas me deixe te amando.
É só o que eu peço.

Ciúme não é ex
Saudade não é ex, tampouco amor.
Mas a vida da qual abrimos mão por um sonho (ou por um erro) é passado.
E de escolhas e de perdas é feita a nossa história.
Não há nada que se possa fazer a não ser carregar por um tempo um peso sufocante de impotência: eu escolhi que aquele fosse o último abraço.
Agora é outra que se perde em ombros tão largos, tomara que ela não se perca tanto ao ponto de um dia não enxergar o quanto aquele abraço é o lado bom da vida.
Da vida que te desemprega mesmo depois de tantas noites em claro e de tantos beirutes indigestos.
Da vida que te abre uma porta que você jura ser a certa mas quando resolve entrar descobre duas crianças brincando na sala e uma mulher esperando no quarto.
Da vida que te confunde tanto que você quer se afastar de tudo para entendê la de fora.
Da vida que te humilha tanto que você quer se ajoelhar numa igreja.
Da vida que te emociona tanto que você não quer pensar.
Da vida que te engana.
Aquele abraço era o lado bom da vida, mas para valorizá lo eu precisava viver.
E que irônico: pra viver eu precisava perdê lo.
Se fosse uma comédia romântica americana, a gente se encontraria daqui a um tempo e eu diria a ele, que mesmo depois de ter conhecido homens que não gritavam quando eu acendia a luz do quarto, não amavam os amigos acima de, não espirravam de uma maneira a deixar um fio de meleca pendurado no nariz, não usavam cueca rosa, não cantavam tão mal e tampouco cismavam de imitar o Led Zeppelin, não tinham a mania de aumentar o rádio quando eu estava falando, não ligavam se eu confundisse italiano com espanhol e argentino, nomes de capitais, movimentos artísticos, datas de revoluções e nomes de queijo, era ele que eu amava, era ele que eu queria.

Cansei de quem gosta como se gostar fosse mais uma ferramenta de marketing.
Gostar aos poucos, gostar analisando, gostar duas vezes por semana, gostar até as duas e dezoito.
Cansei de gente que gosta como pensa que é certo gostar.
Gostar é essa besta desenfreada mesmo.
E não tem pensar.
E arrepia o corpo inteiro, mas você não sabe se é defesa para recuar ou atacar.
Eu eu gosto de você porque gostar não faz sentido.
Permita se.
Se você acha que no fundo mesmo, apesar de todas essas reuniões e palavras em inglês que só querem dizer que você não sabe o que está falando, o que importa é ter pra quem mostrar que saiu o arco íris.
Permita se.
Porque eu não quero que você tenha essa pressa ao ponto de ajudar com as próprias mãos.
Eu quero que você sinta esse prazer que chega aos poucos.
E mata tudo que há em volta.
E explode os relógios.
E chega aos poucos ainda que você ainda não saiba nem quem é pouco e nem quem é lento.
Porque você morre.
Se você prefere a vida quando se morre um pouco por alguém.
permita se.
Eu não faço a menor idéia de como esperar você me querer.
porque se eu esperar, talvez eu não te queira mais.
Eu não queria ir embora e esperar o dia seguinte.
porque cansei dessa gente que manda ter mais calma.
E me diz que sempre tem outro dia.
E me diz que eu não posso esperar nada de ninguém.
E me diz que eu preciso de uma camisa de força.
Se você puder sofrer comigo a loucura que é estar vivo.
se você puder passar a noite em claro comigo de tanta vontade de viver esse dia sem esperar o outro, se você puder esquecer a camisa de força e me enroscar no seu corpo para que duas forças loucas tragam algum equilíbrio.
Se você puder ser alguém de quem se espera algo, afinal, é uma grande mentira viver sozinho, permita se.
Eu só queria alguém pra vencer comigo esses dias terrivelmente chatos.

Cansei de gritar e resolvi latir
Como é horrível ser um animal.
Um animal menininha.
Usar vestidos, fazer as unhas, pintar os lábios, andar pisando leve.
Por dentro, esse animal com fome, desesperado, selvagem, irracional.
Que bom dia que nada, cara.
Que boa noite, que muito obrigada.
Por que você não vem me amansar Rasga o vestido da menininha, rasga.
Mata essa fome que eu estou de engolir seu ego, de te deixar perdido, de acabar com essa sua panca, essa sua distância.
Que se dane o esmalte falso das minhas unhas, eu que já guardei restos de células mortas da sua pele.
Tira essa cor inventada da minha boca, esse tom estúpido de flor artificial.
Faça ela ficar cheia de sangue vivo, entreaberta entre um grito e um riso.
Tira esse meu andar leve e ereto, me entorta, me coloca do jeito que você gosta.
Que bom dia que nada, eu vou latir no seu ouvido se você achar que tem o poder de me magoar.
Para que ferir meu coração se você pode ferir o meu útero Para que dominar minha cabeça se você pode dominar o mundo pequeno e errado que eu inventei
Eu que me faço de bem resolvida, por dentro são palpitações, são vozes de incentivo ao ataque, é calcinha de moça marcada por tanto desejo.
Eu que um dia vou ter que ser mãe, que um dia vou ter que aprender a escrever.
Eu que preciso ser levada a sério, preciso perceber que sou sozinha, preciso cuidar de mim.
Eu que agora me atraso mais um pouco, sendo apenas instintiva.
Olhando você e só querendo correr de quatro até sua canela e morder toda a lógica dessa frieza.
Querendo te enfiar dentro de mim para preencher o vazio de ser incompleta.
Para sempre a vida me deve, e eu devo tanto a ela.
Querendo calar as batidas do meu coração ansioso com nosso atrito desesperado por minutos de paz.
Para sempre o silêncio, de quem não pode pedir, mas morre de desejo, de quem acaba de conseguir, mas morre de culpa.
Olhe para mim, me dá ração que eu estou morrendo.
Olhe para mim, me deseje de novo porque eu estou murchando.
Ou apenas venha me distrair, apenas esqueça todos esses poemas falsos.
Esqueça todas essas justificativas sofridas para uma simples vontade de deitar com você de novo.