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Somar

Quem Sabe Somar Sabe Dividir.
Somar é a primeira operação matemática que se aprende, a que temos mais facilidade e que gostamos mais.
Primeiro agente gosta de somar várias vezes palitos e giz, depois brinquedos e roupas da moda, depois somar dinheiro, depois somar carros e casas, e sempre somar alegria e felicidade.
Isto já é multiplicação, que também é fácil de aprender, é só somar várias vezes a mesma coisa.
A Segunda operação que aprendemos é a subtração.
Aí começa a ficar estranho.
Principalmente quando tem que pedir emprestado na casa do vizinho, digo, casa decimal ao lado.
Ninguém gosta mais de diminuir do que somar.
Quando chega na divisão é quase um desespero, ainda mais quando sobra um resto.
É que ninguém entende aonde ou pra quem vai ficar o resto.
Até no cotidiano ninguém gosta de dividir nada.
A dificuldade no aprendizado não parece à toa, o homem rejeita essa prática.
Quando o homem aprender a dividir corretamente e saber onde deve ficar o resto, entenderá que é o mesmo que somar para alguns, mantendo a quantidade de outros, sem necessariamente subtrair de alguém, ou seja, é o mesmo que somar igual para todos; entenderá também que somando os restos teremos mais um inteiro divisível, fazendo outros felizes.
O resultado final também é uma soma, a soma da felicidade geral.
Poderíamos até chamar esta operação de soma distribuída.
Com esta visão, com certeza a matemática daria mais resultados, talvez fosse dispensável aprender contas de dividir e os homens continuariam felizes a somar palitos, brinquedos, dinheiros, carros, casas e felicidade, porém não somente para si.
Quem sabe
6 de outubro de 2011 às 00:03

Pôr do sol
É Imaginei somar uma aventura, sem identidade, sem saber o que teria por trás de uma voz que diz tanto sem saber o que diz, a qual fala sem falar nada.
A inconstância que se apresenta antes de sua voz sufoca, não há glória alguma para quem não sabe sentir a fundo o que é dito.
A cada chamada sem intenção, o prazer de abrir um baú que não é meu, e a cada encontro, se entregar ao que não se sabe.
Particularmente eu gosto do desconhecido, porque conhecer demanda mais que intimidade, requer gasto de energia libidinal, por isso, se for pra conhecer que seja como uma criança nos primeiros anos de vida, que busca vivenciar o mundo pelo tocar dos lábios, pois por as mãos não basta, precisa se sentir taticamente, sensorialmente, ter acesso ao encoberto, modelar a forma com a língua, degustar cada pedaço como uma nutrição única.
O não saber é o que enche meus olhos, sentir e sentir como um animal voraz, não há razão, é o que traz do fundo aquilo que não era simples pra mim, na verdade, é que nunca foi fácil mesmo.
Busquei palavras pra preencher algo que não tem fundo ou não quis ter contado algum, porque lá estava eu.
Antes de tudo, tirei a roupa para que desse a segurança para ti te despir.
A minha nudez é minha emoção, e diante a nós, a dualidade de quem não teme nada.
Confesso que a convicção que se mostra, me traz o caos, pois o trânsito ainda está em pico pra mim, ainda não sei cortar pela transversal.
Mas houve um lugar, um lugar o qual bati algumas vezes, no entanto, a porta não abriu Ninguém atendeu! Fez frio, me veio na cabeça uma musica que sempre toca na mente quando existe o real sabor do desamparado.
Recuei como alguém que chega tarde demais no aeroporto e toma ciência que o vôo já partiu Lamentei, mas afigurei estar sentado ao lado apreciando também o pôr do sol e genuinamente poder sonhar, olhando aquela paisagem de que como se vive, não se descreve, porque não há fim E eu estava lá, pois a sua ausência me trouxe aqui.
Sobretudo, a desculpa por toda a verborragia má empregada me põe a questionar o que de fato tenhamos vivido, pois desde que viera conhecer, nunca viera a pensar em nada, só sentir E deu saudade, algo mudou, alguns móveis troquei de lugar.
É Estava me refugiando no passado, tomando como única certeza minha vida pregressa, mas de um jeito qualquer, estou aqui!
No momento tenho consciência que esta história não é a melhor opção, mas já existe um tempo que venho contando a mim mesmo a estória de sempre, que sou feliz por está fixado nas fartas colheitas do passado.
E sem esperar um futuro certo, encontrei um motivo para tentar outra coisa ou quem sabe tentar tudo outra vez.