E eu não quero ser normal, quero ser diferente sempre, quero a inquietude de ter alguma coisa fora de ordem, quero me sentir desconfortável e ir buscar outros ares, novos lugares longe da mesmice de ser sempre a mesma.
Eu não quero ser normal, não quero ser igual, não quero ser plural, quero a singularidade de ser incompreendida, quero a falta de compatibilidade com o todo o resto.
Não quero ser normal, quero surpreender, quero inovar, quero atirar tudo pro alto e dizer que pouco me importa os padrões.
Não quero ser normal, não quero que me meçam, não quero que me regrem, não quero que me controlem e nem me prendam.
Não quero ser normal porque a sociedade quer ou tenta impor, não quero apenas existir como também não quero me aquietar e silenciar.
Deixe eu ser o que eu bem entender, deixe minha mente livre para criar e desfazer mundos, deixe me ser alguém que ainda não nasceu, permita me a malcriação da dúvida e do questionamento, autorize a minha entrada na lista inexistente dos mistérios sem solução da vida, conceda me o direito de enfrentar os obstáculos à minha maneira, e que ela não seja nem tão simples, nem tão complexa, mas na medida certa da minha coragem.
Não quero ser nada mais do que fui ou do que sou, do que eu quis ou do que meu pai mandou, ainda não quero encontrar o fim do que recém começou.