Na verdade, nós não sofremos pelo que se afastou, mas sim pelo o que permanece.
Sofremos pelas lembranças dos bons momentos, pela lembrança do cheiro, do perfume, do jeito, sofremos por saber que não viveremos novamente aquelas lembranças, não sentiremos novamente aquele cheiro, aquele perfume, e não veremos mais aquele jeito.
Sofremos por nos sentirmos um nada, para quem é tudo para nós.
Sofremos pelo pedaço que além de tomar nosso pensamento, também domina o coração.
Sofremos lembrando, mas também nos sentimentos felizes lembrando daquele sorriso, que mesmo á um um oceano de distância é capaz de arrancar um sorriso seu, mas logo lembramos que já foi, já era, já passou e caímos de volta na realidade.
E aí você ouve um nome, escuta uma música, vê uma foto e sente saudade, e dá vontade de estar por perto, de voltar atrás, de tentar de novo, mas certos sentimentos no fundo a gente sabe que por mais intensos que sejam não foram feitos para serem eternos.
E continuamos seguindo nosso caminho, mesmo que a saudade bata, mesmo que a lembrança doa, mesmo que o coração implore, seguimos em frente.
Afinal por mais que dê vontade de voltar atrás, o sentido da vida é para frente, o sentido da felicidade é para frente, então em frente.