Adoro abraços!
Abraços daqueles que amarrotam a nossa roupa lisinha, que às vezes deixa marca de batom, que enrosca colar com colar, que deixa o cheiro de um no outro, que mistura as batidas dos corações, que ganha junto beijos nas bochechas!
Abraço que é nó!
Pois este sim é abraço bom: difícil de desamarrar!
A gente quer ficar ali, emaranhado um no outro, naquela confusão de braços, de rostos colados, de cabeça no ombro, de cabelo nos olhos, de brinco na boca Que delícia de nó!
Nó apertado.
Não: apertadíssimo, de preferência que esmague a gente!
Daqueles que a gente precisa de ajuda pra desfazer o nó, mas não pede.
Não pede porque a gente tá cansado de abraços laços, frouxos, que se desfazem fácil, que é só puxar um braço que o outro sai junto.
Adoro abraços!
Abraços e nós!
Na verdade não quero ser 
