meu café é sem açúcar, minha cerveja gelada e, minha vida é doce.
alguns chamariam de acidente doméstico, outros de percalço na realidade foi o pé descalço!
adoro ao chegar em casa me despir dos problemas que na rua ficam, deixar a roupa no cesto pra lavar, e pôr os pés a caminhar livres dos grilhões do dia a dia, sob o piso frio que refresca os pensamentos, junto com uma cerveja gelada, antes do banho.
foi quando sem querer, ela atravessou meu caminho de forma inesperada, talvez estivesse estacionada.
mas no escuro da sala, não a vi! ou quando a vi, já era tarde.
mas não sem antes me deixar sua marca, um ferrão.
foi quando pensei que com os grilhões de antes, estaria melhor agora.
a latinha de cerveja, já aberta, jorrou pela sala e fez outro estrago, para o dia seguinte.
aqui agora nada tem pressa, exceto a dor e, essa, é imediata.
uma dor insuportável; calor nos pés; e, um princípio de inchaço.
parecia anestesiado e a dor caminhava em direção ao tornozelo, já não sentia o calcanhar, e não conseguia firmar o pé no chão.
não podia gritar.
mas sozinho podia amaldiçoa la e, também, chorar.
foi o que eu fiz.
depois parcialmente refeito da dor e uns dois goles, no que da cerveja sobrou.
me armei do cortador de unhas e munido de gelo, fiz uma cirurgia não reparadora.
foi uma extratora mesmo, e, à fórceps tirei o ferrão.
por alguns segundos sinto junto com o sangue algo saindo do corpo, talvez o mel.
agora sim, estou Azedo!