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Poemas sobre o Aniversário

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora.
Sinto me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas.
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltavam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Inquieto me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas que, apesar da idade cronológica, são imaturas.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral ou semelhante bobagem, seja ela qual for.
Meu tempo tornou se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa
Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja tão somente andar ao lado de deus.
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.
O essencial faz a vida valer a pena.
Basta o essencial!
(Do livro Creio, mas Tenho Dúvidas, Editora Ultimato, página 107)

Doze De Abril – Meus Sessenta Anos!
Parece me
que foi ontem
Tenho a nítida impressão,
que ainda escuto
o meu primeiro chorinho
quando vim ao mundo!
Uma menina gordinha.
De alma doce.
Escolhida para nascer de pais tão brilhantes
e dedicados quantos os meus.
Já nasci feliz!
O que mais desejaria eu,
de felicidade nesse mundo
E fui crescendo
Orgulhosa de ser uma
menina de coração grande.
Fui me lapidando.
Aprendendo.
Reconhecendo cada dia a
minha função nesse chão.
Amadureci.
Me fiz mulher.
Me casei.
Tive filhos.
Me aposentei.
Me formei.
Retomei meu gosto pela escrita.
Fiz me então poetisa
Mas já nasci poeta.
Até minhas lágrimas
de choro eram poesias.
Até o meu silêncio era poesia.
Fui filha poeta.
Fui esposa poeta.
Fui mãe poeta.
Fui irmã, tia, prima
tudo em fim
Com alma de poesia.
Hoje, aqui estou orgulhosa
por escrever mais um dia na minha vida.
Mas hoje,
um momento mais que especial.
Completo meus sessenta anos.
Que grandeza meu Deus!
Sessenta emoções de vida.
E quero durar quem sabe ainda o dobro
Ou quem sabe!
Eternamente em minhas poesias!
Hoje quero agradecer
especialmente a Deus,
pela vida.
Uma vida tão linda
De sonhos e asas.
De liberdade.
Quero agradecer a minha família,
por ter me valorizado e me
reconhecido em todos esses anos,
como uma pessoa especial.
E hoje Mais do que nunca.
Quando olho as minhas fotos
Tão humildes carregadas de energia toda completa.
Com flacidez estrias, celulites
E que nada disso tira a minha beleza
Porque a minha beleza, não é essa de fora Nunca foi!
Quem me conhece sabe
A minha beleza vem da alma
E essa está intacta
Em todos os bons sentimentos que eu me visto!
“Parabéns Maria Dayse Gonçalves Oliveira Dayse Sene.
Que Deus te conceda muitas virtudes ainda nesse chão ”
É minha alma me parabenizando!
E de mãos dadas Vamos vivendo
Vivendo Vivendo!