Estás enganado se pensas que sei lidar com a dor
Quem a suporta não sou eu!
Quem a suporta é outra de mim, que surge dos escombros de não sei onde, nem de quê, e se esconde da vida que pulsa para continuar respirando
Esta tem ombros de aço
Olhos de águia
Mãos que transformam
É invencível na solidão de seu sofrimento
Às vezes incompreendida em seu silêncio, mas quando intui o seu próprio fim, se incendeia e renasce das cinzas, cedendo lugar à outra parte de mim, àquela que realmente sou, que aparece para vida que pulsa, para também continuar respirando
Esta, sim, tem magia no olhar
Alegria contagiante
Mãos que acariciam
Olhos apaixonados
Sorriso fácil
Não aprecia a solidão, e se perde na simples leveza das asas de uma borboleta a transportar o recente cinza da vida para um passado tão distante, que de tão distante, não existe mais