O Machado era de Assis, a Rosa do Guimarães, a Bandeira do Manuel.
Mas feliz mesmo era o Jorge, que era Amado.
Quanta honra ouvir Manuel Bandeira
Ensina pela nostalgia
Propõe se com singeleza
Os jovens não escutam Manuel Bandeira
Não sei se já sabia
Ele escreve como ser na vida
E inspirou nos a revermos o dia
Assim foi Manuel Bandeira.
Senhor
Que eu não fique nunca
Como esse velho inglês
Aí do lado
Que dorme numa cadeira
À espera de visitas que não vêm
Vício da fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
Relógio
"As coisas são
As coisas vêm
As coisas vão
As coisas vão e vêm
As horas
Vão e vêm
Não em vão"
O medroso
A assombração apagou a candeia
Depois no escuro veio com a mão
Pertinho dele
Ver se o coração ainda batia.