Morte, saudade, vida
Vida que sempre exige tomadas de decisões sem muito tempo para pensar.
Vida que gira, em ângulos inimaginados, e te pede, sempre, para decifrar e seguir.
Eu, sempre desafiei o destino,
descumpri rotinas, inventei caminhos,
desobedeci.
Subi pelos telhados,
Me pendurei em precipícios
sem me preocupar se eu ia cair
ou se ia voar
Apostei com sangue, contei com a sorte, acreditei.
Fui nadar sem medo em águas desconhecidas, desbravando a cada braçada um novo sentido.
Subi e saltei de árvores e montanhas como um pássaro que carrega no instinto a urgência de viver
E cada voo, ou mergulho, me mostrou que seguia, não a razão e a lógica matemática,
mas sempre a intuição
e a verdade visceral, expontânea
do ser infinito
que em todos nós habita
Eu confio nesta voz, interna, que traz reações físicas, impossíveis de dissimular.
A verdade sagrada do corpo.
Que se mostra pura e liberta,
tal como deve ser.
O pulsar da vida no peito.
Adriana Carvalho Adam