Queima o sangue um fogo de desejo,
De desejo a alma é ferida,
Dá me os teus lábios: o teu beijo
É o meu vinho e minha mirra.
Reclina para mim a cabeça
Ternamente, faz que eu durma
Sereno até que sopre um dia alegre
E se dissipe a névoa noturna.
Sinto o fogo que queima, arde
sinto,
a explosão de vulcão que há.
Sinto:
coração domina.
Como alguém já escreveu:
" quem domina uma paixão é capaz de dominar o mundo"
você é cérebro,
você é capaz!
"Daqui até a lua, ele se estica
Nunca perde a cor ou queima
Entre fios vermelhos estamos juntos
E é entre fios vermelhos que morremos
Porque é assim que algum Deus quis
E quem somos nós para contestar "
A dor que dilacera, e rasga, e queima.
Ainda assim, permanente, e que se repete.
Delirante, anestesiante, já indolor.
Traz a vontade de não mais querer, mas querer.
Amar e morrer algo que já foi, mas ainda vive.
Que mentira, que futilidade e ilusão isso tudo.